Opinião | Dia Internacional da Adoção: quais suas escolhas?

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Oficialmente, o nome é Dia Internacional da Adoção, mas 25 de maio poderia se chamar também Dia Internacional do Amor! Sim, adotar é uma escolha pelo amor. Conforme o dicionário Aurélio, o verbo adotar pode ter alguns significados, entre eles: optar, escolher, assumir, aceitar, acolher, admitir e reconhecer.

Tudo isso faz, de fato, muito sentido quando falamos em adoção. Escolher o amor. Assumir que pode ser um processo muito tranquilo ou recheado de desafios. Mas, vamos combinar que dificuldades não são peculiaridades somente de famílias com adoção, nem de longe. As “famílias tradicionais” estão aí para provar que as diferenças estão presentes em todos os ambientes.

Adotar é aceitar que amor é amor, independentemente de filho gerado em barriga ou não; que irmão é muito mais que um laço sanguíneo. É acolher com o mais profundo desejo de cuidar. É admitir formas de amar. É reconhecer que adotar é uma possibilidade de formar uma família.

Entre outros, a adoção tem o propósito de garantir a crianças e jovens o direito ao afeto de uma família. No Brasil, de acordo com o *Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do Conselho Nacional de Justiça, existem 36.462 pretendentes castrados no sistema. À espera da tão sonhada família estão 5.065 crianças e adolescentes cadastradas em todo o país.

Porém, vale destacar que 33.803 estão em instituições de acolhimento, aguardando a decisão se poderão retornar a família de origem ou se serão encaminhadas à adoção. Ou seja, o número de crianças e adolescentes para adoção poderá ser muito maior.

O que todos sabem é o perfil desejado por quem opta por adotar é, muitas vezes, diferente da realidade de quem está nos abrigos e lares temporários. De acordo com o CNJ, algumas exigências de quem pretende adotar são: 58% aceitam apenas crianças até 4 anos de idade; 61,92% não aceitam adotar irmãos; 61% só aceitam crianças sem nenhuma doença e por fim 14,55% só adotam crianças brancas.

Sim, para quem não está no processo é fácil dar “pitacos” e até mesmo julgar sobre as escolhas de cada família. Mas neste Dia Internacional da Adoção, fica o desejo de que as pessoas estejam livres de qualquer estereótipo sobre padrões e formatos de famílias. Que os pretendentes estejam propensos a adotar o amor, independentemente de idade, quantidade de irmãos, doenças e cor. Afinal, em “famílias biológicas” também não é possível fazer tantas escolhas, porque numa “família adotiva” elas se tornam tão primordiais?

*Acesso ao SNA: https://is.gd/RxybVL

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