O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, 28, que dificilmente o auxílio emergencial não será prorrogado para além dos três meses inicialmente previstos.
“Prorrogar acho que é um consenso, o que vai se debater é o valor”, avaliou.
O auxílio, no valor de R$ 600, foi criado para aliviar a perda de renda da população afetada pela crise econômica gerada pela Covid-19. O Congresso Nacional aumentou o valor do auxílio emergencial de R$ 200, na proposta inicial do governo, para R$ 600. Os parlamentares também incluíram previsão de pagamento em dobro para mulheres chefes de famílias.
A proposta sancionada no início de abril previa o pagamento de três parcelas do benefício, portanto até o mês de junho. Com as perspectivas de permanência do coronavírus e das medidas de distanciamento social que afetam a economia, três partidos já têm propostas para estender o benefício por mais tempo: Cidadania, Psol e PT.
“Tenho medo de redução do custo do auxílio emergencial e o que isso impacta na reação das pessoas. Não é uma decisão simples”, disse Maia.
Ele falou na possibilidade de reorganizar os projetos de seguro-desemprego e outros e construir uma renda emergencial mantendo o equilíbrio fiscal.
Investimentos e gastos públicos
“Estamos tendo um grande embate dentro do governo explicitamente entre investimento privado e investimento público”, afirmou.
Em sua concepção, o campo que defende uma intervenção maior de recurso público é majoritário hoje no governo, o que terá consequências na atuação governamental nesse período de pandemia.
Fonte: Congresso em Foco
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