O delegado titular do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), Antônio Ricardo Lima Nunes, afirmou na manhã desta quarta-feira, 10, que a Polícia Civil do Rio de Janeiro tem certeza que “não há nenhuma participação da família Bolsonaro” na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes.
“Não tem nenhuma participação da família Bolsonaro nesse evento. Não temos indício dessa família no caso. Temos certeza que não há participação” afirmou Nunes.
Questionado sobre quais são os indícios que levaram os investigadores a descartarem o envolvimento de algum parente do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) na morte da parlamentar e seu motorista, Nunes garantiu que “não tem elementos que indiquem a participação”.
No ano passado, um dos porteiros do Condomínio Vivendas da Barra, no Recreio do Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, onde vive a família Bolsonaro, disse em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) que um homem chamado Élcio (que seria Élcio Queiroz, um dos acusados pela execução de Marielle) deu entrada no local em 14 de março de 2018 dirigindo um Renault Logan prata. Ele teria informado ao porteiro que iria visitar a casa 58, de Bolsonaro. O porteiro afirmou ter confirmado a entrada com o “seu Jair”.
O presidente, à época deputado federal, estava em Brasília conforme registros da Câmara dos Deputados.
Questionado se o porteiro havia mentido, Antônio Ricardo disse que “o porteiro é um senhor e pode ter se enganado no momento”. Aos jornalistas, o diretor do DGHPP afirmou que o caso poderá será solucionado ainda este ano.
“Temos outros inquéritos que vão resultar na prisão de outras pessoas”, afirmou o delegado.
A voz do porteiro que liberou a entrada do ex-PM Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra não é a do funcionário que havia mencionado o presidente Jair Bolsonaro aos investigadores da Delegacia de Homicídios (DH).
A informação está em um laudo assinado por seis peritos da Polícia Civil e foi publicada no dia 11 de fevereiro pelo jornal “O Globo”.
Bombeiro Maxwell Simões Correa
O bombeiro Maxwell Simões Correa foi preso na manhã desta quarta-feira, 10, sob suspeita de envolvimento no Caso Marielle. Ele foi alvo de um mandado de prisão na Operação Submersus 2, realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
De acordo com o MP, o bombeiro de 44 anos teria tentado “atrapalhar de maneira deliberada a investigação”.
Conhecido como Suel, ele é suspeito de ter ajudado a esconder a arma que teria sido usada no crime. A força-tarefa afirma que Maxwell é o braço direito de Ronnie Lessa, um dos acusados de matar a vereadora e seu motorista.
As informações são do Extra, Jornal “O Globo” e UOL
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