Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,75 ponto, reduzindo a Selic a 2,25% ao ano. Foi o oitavo corte consecutivo desde agosto do ano passado. Antes, houve 16 meses de estabilidade. Essa é a taxa de referência mais baixa da série histórica. A queda já era esperada por analistas econômicos devido aos efeitos da crise econômica provocada pela pandemia de covid-19.
O Banco Central também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário que utiliza câmbio fixo e juros do mercado financeiro, a projeção para o IPCA em 2020 caiu de 2,4% para 2,00%. Para 2021, a previsão passou de 3,4% para 3,2%.
Na justificativa de sua decisão, o Copom avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. “O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, diz trecho da nota.
Segundo o Comitê de Política Monetária, a magnitude do estímulo monetário já implementado parece compatível com os impactos econômicos da pandemia da covid-19. “Para as próximas reuniões, o Comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual.”
As informações são do Congresso em Foco
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