O jurista Miguel Reale Júnior, um dos três autores do pedido de impeachment, abriu nesta sexta-feira da manhã a sessão da Câmara dos Deputados que votará o parecer aprovado na comissão especial que analisou a admissibilidade das denúncias contra a presidente. Caso 2/3 dos parlamentares, 342 votos, entenderem que sim, na votação prevista para acontecer domingo a tarde, o processo passa para o Senado.
“Os senhores são os nossos libertadores”, afirmou Reale, para um plenário ainda não muito cheio
O advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, faz a defesa neste momento. Lembra parte da decisão do STF, que entrou madrugada a dentro, negando a suspensão do processo de impeachment mas focando as denúncias apenas nos crimes de responsabilidade fiscal.
“Há uma violência a lei”, afirmou o defensor.
Em seguida começará a manifestação dos políticos. Todos 25 partidos com representação na Câmara terão 1 hora para usar a tribuna, o que pode ser feita por até cinco deputados. A expectativa é que a sessão vá até a madrugada de sábado.
Ainda no sábado, a sessão está prevista para começar 11 horas, com manifestações individuais dos parlamentares inscritos nesta sexta-feira. São 3 minutos de fala, intercalados entre a favor e contra o afastamento.
Domingo, a sessão será aberta às 14h com o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), com 25 minutos para sua exposição. Em seguida, cada líder de bancada terá de 3 a 10 minutos, de acordo com o tamanho.
Espera-se que a votação propriamente dita começa 15 hora. Cada deputado será chamado para declarar voto sim ou não, começando pelos representantes dos estado do Norte e em seguida Sul, intercalando os dois. Em cada estado, a chamada será em ordem alfabética.
Ao fim da chamada de todos 513 deputados, acontecerá uma segunda chamada para os que estavam ausentes na primeira possam se manifestar.
Quem comanda o processo é ele, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara.
“Continuamos a acreditando nas instituições e na corte suprema do país” , como disse o Deputado Decio Neri de Lima ao ser inocentado de processo impetrado pelo Ministério Público . O deputado é do PT e
afirmou que acredita nas instituições e na corte suprema , data vênia, demais partidários deveriam seguir o mesmo pensamento .