Ao escrever a palavra arriscada na manchete, não é uma crítica à administração municipal. Já escrevi e falei que não queria estar na pele dos gestores responsáveis pela tomada de decisões.
É pela aposta – sim, uma aposta, mesmo baseada em pareceres das equipes de saúde – que a curva descendente de casos e a redução na taxa de ocupação de leitos de UTI serão mantidas mesmo depois do afrouxamento para algumas atividades, em especial o comércio e restaurantes para comemorar o Dia dos Pais, prato cheio para uma aglomeração.
Além disso, tem retomada das academias, abertura de salões de beleza aos sábados, cultos e missas também nas quartas e o indicativo da volta parcial para soccers e algumas atividades ligadas ao segmento de eventos.
O transporte coletivo permanece suspenso, pelo menos até 17 de agosto.
A diminuição dos casos registrados entre 26 de julho e 1º de agosto, – 48% com relação a semana anterior, é fruto das duras medidas impostas pela Prefeitura no dia 20 de julho, com novo fechamento do comércio, bares, restaurantes e o transporte coletivo.
Pela pressão, tentando se equilibrar na tênue linha entre saúde e economia, a Prefeitura flexibiliza por conta do Dia dos Pais, data com impacto econômico importante.
E acredita no bom senso das pessoas. É o certo.
Mas dá para acreditar?
Com esse vai e vem a pandemia não acabar tão cedo. A Alemanha, que adotou medidas mais duras, está registrando menos de 1000 casos por dia em média e a economia em grande parte já voltou ao normal.
Não existe linha entre saúde e economia, o que é melhor para a saúde é melhor para a economia.
Amigo Alexandre, com ou sem restrições, distanciamentos etc.. o vírus irá completar seu ciclo (contágios) como está acontecendo em TODO O MUNDO. E prolongar uma situação deplorável, sofrível e destruidora de vidas e finanças não parece ser a melhor solução.
Queria contribuir informando que a redução ou aumentos dos casos ocorre após 14 dias das medidas implementadas. Os óbitos apresentam alteração após 30 dias.