A Câmara Municipal aprovou hoje, a pedido do Município, a autorização para o repasse de R$ 5 milhões para a Blumob, pelos prejuízos causadas pela paralisação ocorrida em virtude do decreto estadual por conta da pandemia, o que já havia sido divulgado pela Prefeitura.
Em uma sessão, nesta quinta-feira, 10, os vereadores analisaram de onde sairia o dinheiro do orçamento municipal para repassar estes recursos e aprovaram o repasse.
O grande apelo foi a utilização de parte destes valores para pagar as pendências com os trabalhadores, motivo da defesa do assessor jurídico do Sindetranscol, Léo Bittencourt, que usou a tribuna livre nesta sessão, e também da justificativa da Prefeitura neste sentido.
O que sensibilizou 13 vereadores, lembrando que o presidente Marcelo Lanzarin (Podemos) só vota em caso de desempate.
Menos um. Professor Gilson, hoje no Patriota. Perguntei a ele os motivos de ter votado contra a proposta.
Disse que sempre questionou a licitação e as condições recebidas pela empresa, ainda na gestão de Napoleão Bernardes, que prosseguiram na administração Mário Hildebrandt (Podemos). E lembra que foi o autor do pedido de CPI para investigar o cumprimento do contrato na questão da pintura da frota no período de transição, entre veículos novos e antigos, que acabou não avançando no parlamento.
Falou que o projeto chegou às 07h23 e antes das 10h já havia sido aprovado sem nem sequer receber um parecer jurídico.” O que é pior, a lei tira dinheiro de ações importantes como a implementação de ciclofaixas e diversas obras da cidade para destinar dinheiro à empresa, sem nem sequer garantir o pagamento dos funcionários”, disse.
Realmente a lei aprovada não condiciona a canalização dos recursos para os trabalhadores.
“Os R$ 5 milhões não vão equacionar o problema da Blumob”, avalia, frisando todos benefícios recebidos pela Blumob desde o o começo do contrato.
“Não podia ser incoerente com minha postura”, finaliza o vereador Gilson.
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