O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta quinta-feira, 29, durante audiência pública no Congresso Nacional, a criação de um imposto sobre transações financeiras realizadas por meio digital, que ele chamou de “digitax”.
Guedes também voltou a negar relação do possível novo imposto com a antiga Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF).
“As pessoas nem entenderam que tem um futuro digital chegando. O Brasil é a terceira ou quarta maior economia digital do mundo. Nós vamos ter que ter um imposto digital mesmo”, disse o ministro.
A declaração de Guedes ocorre uma semana depois de o presidente Jair Bolsonaro afirmar, durante cerimônia de formação de diplomatas, que o Brasil não aumentou impostos durante a pandemia do novo coronavírus nem aumentará quando a pandemia acabar.
Bolsonaro fez a afirmação se dirigindo ao próprio ministro da Economia, que também estava presente ao evento.
No Congresso, parlamentares também têm dado sinais de que uma proposta do governo prevendo a criação de um novo imposto pode não ter apoio. No final de setembro, por exemplo, o presidente da comissão que debate a reforma tributária, senador Roberto Rocha (PSDB-MA) declarou que não considerava “oportuno” discutir um imposto nos moldes da antiga CPMF.
De acordo com o ministro, porém, esse novo imposto não representará aumento da carga tributária, já que a proposta é que ele substitua outros tributos existentes, como o que incide sobre a folha de pagamentos.
“Vamos diminuir os outros [tributos], vamos simplificar os outros. Vamos desonerar a mão de obra. Estamos indo para um futuro melhor”, acrescentou.
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