Após se reunir com representantes da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), o governador Carlos Moisés decidiu nesta quarta-feira, 2, adotar novas medidas restritivas para enfrentamento da pandemia de Covid-19 em Santa Catarina.
A principal é a implantação de toque de recolher durante a madrugada, com manutenção do transporte coletivo, desde que seja respeitada uma ocupação máxima de 70% da capacidade dos ônibus. As medidas valerão para todo o Estado por um período de 15 dias a partir edição do decreto, que deverá ser publicado em até 48 horas.
Ainda não está claro como se dará este toque de recolher e nem o que acontecerá com quem eventualmente decida estar nas ruas durante a madrugada.
Também será tornado obrigatório o uso da máscara em todos os ambientes, com exceção dos espaços domiciliares.
Medidas semelhantes foram adotadas nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. Em relação ao comércio, prefeitos e Governo do Estado deliberaram pela possibilidade de ampliação dos horários de atendimento no fim de ano, para não promover aglomerações. Na parte da noite, os estabelecimentos deverão fechar as portas até as 23h, com a possibilidade de atender os clientes que já se encontrarem no recinto até meia-noite.
“Essas medidas têm a intenção de mostrar para a sociedade que estamos em um momento de agravamento do risco. Tomamos a decisão com base em um amplo diálogo com os prefeitos. Tivemos uma reunião extremamente produtiva e definimos ações conjuntas, que valem para todo o Estado e pretendem frear o avanço da doença”, afirmou o governador.
O prefeito interino de Blumenau Marcelo Lanzarin (Podemos) participou do encontro. “São praticamente as ações que nossos Estados vizinhos já tomaram. Nós acreditamos que com essas medidas, especialmente o toque de recolher, vamos diminuir o contágio e também diminuir a questão dos acidentes de trânsito, que também ocupam nossas UTIs”, comentou Lanzarin. O prefeito em exercício disse ainda que aguarda a publicação do decreto do Governo, que deverá ser nos próximos dias, para ver como será a fiscalização.
Também participaram da reunião os secretários estaduais da Saúde, André Motta Ribeiro, da Administração, Jorge Eduardo Tasca, da Fazenda, Paulo Eli, o chefe da Casa Civil, Eron Giordani, além de representantes do Conselho dos Secretários Municipais da Saúde (Cosems) e do Ministério da Saúde.
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