Quando começou a pandemia, Carlos Moisés (PSL) deu mais atenção para seu lado bombeiro do que governador e tomou atitudes para preservar vidas e não para garantir suas sustentação política. Santa Catarina esteve entre os primeiros – senão o primeiro – estados brasileiros a tomar duras medidas restritivas, limitando o funcionamento das atividades para as consideradas essenciais.
Sim, hoje é possível “adivinhar” que aquelas medidas talvez tenham sido precipitadas, por outro lado, quem garante que a nossa onda não chegaria antes, quando ainda as estruturas de saúde não estivessem realmente preparadas para atender a grande demanda, como realmente aconteceu no final de julho, agosto e agora em novembro e dezembro?
Mas no auge da pandemia – seria a segunda onda? é a primeira que segue forte? – , depois de quase perder um mandato por sua inabilidade em conversar com a Assembleia Legislativa, prefeitos e demais lideranças do Estado, Carlos Moisés age como político, cedendo a pressão do setor produtivo que verbera nas demais esferas em detrimento das recomendações dos profissionais de saúde a quem tanto ouviu quando os primeiros casos de Coronavírus foram detectados no estado.
Na sua mensagem natalina, transmitidas pelas redes sociais, Carlos Moisés fez talvez a sua mais arriscada aposta, no bom senso da população. Ao desejar boas festas, falou na necessidade de cuidados, deixando claro que ” o Coronavírus está muito vivo”.
Fala de um jeito, age de outro. Primeiro liberando geral, jogando para os prefeitos a responsabilidade de fiscalizar e depois buscando reverter uma decisão Judicial que obriga o Estado a seguir as portarias que ele mesmo escreveu quando apostava mais nas recomendações da área da saúde.
Qual Moisés você prefere?
Aquele que escreveu os mandamentos nas pedras.
Quanto a preferência nem um nem outro
Prefiro um governador que olhe para ambos os lados. O vírus vai existir por muitos anos, mas sem economia, milhares vão morrer também, só que de fome.