O papel executado pela imprensa nesta grave crise política que o Brasil vive foi adequado? Foi responsável? A mídia tomou partido? Para onde vai o jornalismo? Qual o futuro dos veículos de comunicação tradicional?
Poderia ficar aqui enumerando uma série de perguntas, cujas as respostas não são fáceis. Mas para jogar uma luz sobre estes temas e analisar o atual momento, o curso de jornalismo da FURB traz nesta sexta-feira dois feras da UFSC para um bate papo e lançamento de livros. Confira no release enviado pela assessoria de imprensa enviado pela assessoria de imprensa.
Crise do jornalismo em debate na FURB nesta sexta-feira.
Os professores doutores Rogério Christofoletti e Samuel Lima, do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, participam de evento de lançamento de livros em Blumenau dia 3 de junho, sexta-feira. Aberto ao público, o encontro será na sala S 214, da FURB, (campus 1), a partir das 19 horas, e vai refletir sobre o jornalismo na contemporaneidade. A promoção é do curso de Jornalismo da FURB.
O futuro da atividade jornalística diante de um cenário de transformações é a base de “Questões para um jornalismo em crise”, organizado pelo professor Christofoletti. O livro reúne 13 textos de mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo PosJor da UFSC, que refletem sobre a situação do campo e arriscam alternativas para a crise dos impressos, as redações e a indústria de conteúdos.
Publicada pela Editora Insular, a obra surgiu a partir dos debates nas aulas do PosJor da UFSC. O desafio foi pensar soluções frente às mudanças tecnológicas e culturais dos últimos vinte anos.
Demissões em massa, queda nas tiragens dos meios impressos, redução das verbas publicitárias e até fechamento de jornais e revistas. O diagnóstico é de crise e ela não se limita à indústria jornalística brasileira.
Está em todas as partes. Diante desse quadro, empresas, gestores e jornalistas se dividem entre lamentos, desespero e busca de soluções. Nos meios acadêmicos, também existe muita apreensão. “Para os que acreditam no jornalismo e na sua importância para sociedades mais evoluídas, equilibradas e justas, o livro reúne reflexões de quem se preocupa com os próximos anos nas redações e fora delas”, argumenta o professor Christofoletti.
As perguntas incômodas que servem de títulos aos capítulos são endereçadas a profissionais, empresários do setor, públicos e demais grupos interessados. São questões para o aprimoramento das práticas produtivas e para relações mais honestas entre produtores e consumidores de notícias.
Os capítulos indagam, mas também arriscam respostas, mesmo que provisórias. Os temas são diversos: o convívio entre profissionais e amadores, newsgames, reportagens multimídia, infografias interativas, a segunda tela, a convergência dos meios, redes sociais, novas audiências, ensino de jornalismo, crítica de mídia, privacidade e a natureza endêmica da crise. “A academia não tem todas as respostas, mas fazer as perguntas é uma forma de enfrentar os muitos dilemas que temos na área”, justifica Christofoletti.
Autores: Adriano Araújo, Alexandre Bonacina, Alexandre Lenzi, Amanda Miranda, Ana Paula Bourscheid, Anna Carolina Russi, Carlos Marciano, Jéssica Gonçalves, Kérley Winques, Lívia de Souza Vieira, Magali Moser, Mariane Pires Ventura, Mauren Del Claro Rigo, Maurício Frighetto, Maurício Oliveira, Ricardo José Sékula, Ricardo Torres, Rogério Christofoletti, Tássia Becker Alexandre e Vinicius Batista de Oliveira.
Jornalismo, crítica e ética
A obra reúne artigos publicados desde o surgimento do grupo de pesquisa objETHOS em 2009. Organizado por Francisco José Castilhos Karam e Samuel Lima, a obra oferece um panorama de leituras do jornalismo brasileiro nos últimos anos, destacando coberturas na política e economia, transformações no jornalismo, impacto da internet nas redações e desafios para a prática jornalística.
De acordo com os organizadores, o livro “tem o objetivo de registrar, na forma impressa, análises de determinados períodos e coberturas” e que já circularam pelo site do objETHOS. “Faz parte do jornalismo a crítica da sociedade e dos poderes. Assim, o jornalismo também deve prestar contas socialmente de sua atividade, dos valores cumpridos, dos erros que afetam indivíduos e a vida pública”, completam.
São 41 artigos, assinados pelos organizadores e por mais quatro pesquisadores, Elaine Manini, Amanda Souza de Miranda, Lívia de Souza Vieira e Rogério Christofoletti, divididos em quatro seções. Para o jornalista Luiz Egypto de Cerqueira, redator-chefe do Observatório da Imprensa por 16 anos, “o objETHOS mostrou a que veio, e os artigos reunidos no livro são uma prova disso. No fim das contas, é disso que se trata: da defesa do jornalismo como serviço público e instrumento imprescindível para o fortalecimento da democracia”.
Descontos nos livros
No dia, os livros poderão ser adquiridos com descontos fornecidos pela editora Insular.
Questões para um jornalismo em crise, de R$ 61,00 por R$ 40,00
Jornalismo, Crítica e Ética, de R$ 39,00 por R$ 20,00
Se o cliente levar os dois, paga apenas R$ 50,00
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