Jonathan Ricardo dos Reis tem 24 anos. Padeiro a noite e de dia faz trabalhos eventuais de eletricista. Casado, tem cinco irmãos, um deles Alexandre Pereira, pivô da denúncia do vereador Jefferson Forest (PT) que virou CPI na Câmara Municipal para investigar o vice-prefeito Jovino Cardoso Neto.
Ele e sua esposa vivem com a mãe, que tem diabetes e está com sérios problemas de saúde, necessitando de remédios e cuidados que exigiriam dinheiro.
Todas as informações acima foram dada a mim pelo próprio Jonathan em conversa realizada nesta sexta-feira, 3, intermediada por um advogado.
O rapaz, irmão por parte de mãe de Alexandre Pereira, sugeriu num primeiro momento da entrevista que o vereador Jefferson Forest e/ou os assessores dele teriam oferecido dinheiro. Depois de ser muito questionado, mudou para “apoio”, o que, se aconteceu, seria normal por parte de um parlamentar em um processo de investigação como o que ocorre na Câmara e não implica, necessariamente, em recursos financeiros. Isso teria acontecido antes da troca de mensagens no whats trocada com o vereador.
“Minha mãe está doente, eu estava desesperado”, afirmou Jonathan, que também garantiu não saber de nada para incriminar o vice-prefeito Jovino Cardoso Neto no episódio que envolve também o irmão Alexandre. Disse que esperava chamar a atenção do parlamentar, para daí abrir o jogo e pedir ajuda para o tratamento da mãe.
Afirmou ter pouco contato com o irmão Alexandre Pereira e com Jovino. Sobre a relação com o vice-prefeito, disse que as famílias são amigas de infância mas que ele, Jonathan, só encontra Jovino nos cultos da igreja Assembléia de Deus, ” mais em períodos eleitorais”.
Também disse que o outro irmão, Joel, presta serviços eventuais no sítio localizado no Salto Weissbach.
São estes os argumentos de um jovem humilde, que ganhou repercussão na cidade.
Se eu acho que Jonathan falou a verdade na conversa comigo? Eu tenho minha opinião, mas não cabe a mim emitir este julgamento.
Está claro que cometeu um erro, talvez um crime. Tentou se aproveitar de uma situação.
Mas não pode virar “boi de piranha” neste processo criado para investigar o vice-prefeito Jovino Cardoso Neto.
Ele se propôs a vender os dois irmãos, o patrão dos irmãos, por 5 mil, que não ia curar a diabetes da mãe sendo que os dois irmãos podem perder o emprego e ele continua na mesma. Agora o padeiro vai comer o pão que o diabo amassou.
Talvez fez a proposta de propina em virtude da composição da comissão , já que temos vereadores investigados pelo MP analisando os fatos e outro que assina documentos e depois retira assinatura ….