Foi com muita alegria que recebi o convite do Alexandre para estar todas as Quintas Feiras aqui com vocês, falando sobre Maternidade Atípica e Inclusão.
A maternidade por si só, já renderia muito conteúdo.
Ser pai e mãe, é e sempre foi um desafio enorme.
Educar um miniatura de nós mesmos é uma grande aventura.
Maternidade atípica, então?
Rende e muito.
Sou mãe de um pré adolescente e um adolescente. O que me diferencia de algumas mães é que meus filhos são autistas. Diferencia de algumas e me iguala a muitas, nas angústias, nas dúvidas, no medo e principalmente, na esperança. Nesse emaranhado de sentimentos, nós mães atípicas nos reconhecemos e acolhemos.
A maternidade atípica vem carregada destes sentimentos, e neste momento ter uma rede de apoio é imprescindível.
Se sentir parte de um grupo, reconhecer que você não está só, muitas vezes pode ser a tábua de salvação.
Esta coluna terá a missão de fazer com que você que acaba de receber um diagnóstico difícil perceba que somos muitos e que deficiência não determina destino.
É preciso mais que tudo desconstruir a ideia de que ter um filho com deficiência é sinônimo de tristeza e fracasso.
Não é! Que fique claro!
Do mesmo jeito que ter um filho típico não é garantia de felicidade.
Pessoas são o produto de suas vivências, de suas escolhas, serão tristes ou felizes em decorrência de suas ações, não por determinação de um laudo.
Eu, como tantas mães, no momento do diagnóstico, deixei ir o filho idealizado e sem pré conceitos me dei o direito de conhecer o filho real, aquela criança que me foi confiada, com toda sua personalidade, manias e trejeitos.
O autismo?
Ah, o autismo é só mais uma dessas características que tornam os meus filhos únicos.
E eu?
Uma mãe possível.
Nem perfeita, nem a pior, apenas possível!
Seja bem vinda ao meu rol de personalidades que têm algo marcante a nos dizer!
Lhe desejo muito sucesso.
Muito obrigada, Alcino!
Feliz em poder compartilhar um pouco das minhas vivências na maternidade atípica!