A situação da economia é muito difícil e ainda irá perdurar algum tempo até superarmos esse momento. A recuperação de momentos de recessão econômica é lenta e gradual em todas as crises, e nesta não será diferente.
Em Santa Catarina, como no resto do Brasil, o maior problema está nas micro e pequenas empresas, nos profissionais autônomos e nos informais, principalmente de menor renda. Além do auxílio emergencial, é muito importante a oferta de crédito barato e com prazo razoável de carência para iniciar o pagamento.
São milhares de empresas que demitiram funcionários, fecharam as portas ou ainda fecharam com imensas dívidas (segundo o SEBRAE, 69% das micro e pequenas empresas estão endividadas). Com isso, como esse setor tem um imenso efeito sobre o emprego, a renda das famílias também caiu, o que leva a um menor consumo de produtos e serviços (a queda dos serviços às famílias foi de cerca de 45% no auge da pandemia, em seu primeiro ciclo, no primeiro semestre de 2020). Segundo o NECAT/UFSC, 11% dos catarinenses estavam classificados como desocupados ou subocupados ao final de 2020.
O Governo Federal lançou um auxilio emergencial e linha de crédito. Mas não foi o suficiente. Nessa hora, salvar as pessoas é fundamental: tanto suas vidas como os seus bolsos. É preciso coragem e clareza de entendimento do problema, deixar de lado gastos possíveis e lançar mão de recursos estaduais para ir atrás dessas pessoas e dessas empresas. Isso amenizará esse impacto inevitável, além de acelerar a recuperação.
Enquanto se espera que o PIB nacional em 2021 cresça um pouco acima de 3%, em Santa Catarina temos que fazê-lo crescer o dobro disso. E o problema vai muito além de crescer o PIB. Não adianta só crescer sem gerar empregos, movimentar os micro, pequenos e médios negócios, e aumentar a renda das famílias.
Para um auxílio emergencial, temos um excelente sistema de assistência social; para o crédito, possuímos nossos próprios bancos (BRDE e BADESC) e cooperativas de crédito para fazer a diferença.
Podemos inovar para alcançar resultados estimuladores. Se não se puder contar com o Poder Público numa hora dessas, então para que o poder público?
Uma pena que a aventura lhe custou caro! O “podemos” no último parágrafo poderia ser interpretado Podemos ???