Publicado na última segunda-feira, 17, o decreto do Governo do Estado mantém restrições ao funcionamento de bares, restaurantes, atividades turísticas e eventos. “Os setores que mais sofreram durante a pandemia ainda não perceberam qualquer medida que represente uma tênue esperança para sair da crise”, lamenta o empresário Emilio Schramm, vice-presidente da Fecomércio/SC. “O desemprego e o empobrecimento ganharam uma escala jamais imaginada entre os que atuam em eventos e turismo”, acrescentou.
Schramm defende protocolos rígidos para todas as atividades, mas, em paralelo, propõe a retomada gradativa de eventos públicos e privados. “Com responsabilidade e fiscalização é possível movimentar bem mais este setor, seja em museus, teatros, cinemas, feiras e exposições”. Ele também garante que o limite para casas noturnas, boates, casas de shows e pubs – de 100 pessoas nas regiões de risco grave e 150 no caso de gravíssimo – poderia ser mais criterioso. “São fórmulas que não levam em conta o tamanho dos locais, por exemplo”.
A antecipação em uma hora na abertura do comércio e serviços (às 05h) não traz benefícios relevantes, segundo o dirigente empresarial. “É um avanço tímido, que não provocará impacto significativo. Os empreendedores conscientes estão comprometidos em evitar tanto uma terceira onda de Covid-19 quanto no agravamento da crise econômica. O essencial seria apertar a fiscalização contra as aglomerações em eventos ilegais e acelerar a vacinação”, defende Emilio Schramm.
Com efeito até 31 de maio, as novas medidas mantêm o funcionamento até as 23h do comércio de rua, shoppings centers, supermercados, feiras, exposições, cinemas, teatros, museus, circos e eventos públicos na modalidade drive-in, por exemplo. Mas Schramm destaca que os segmentos menos favorecidos têm muito a contribuir para novos protocolos e, consequentemente, superar a crise mais rapidamente. “O diálogo entre o Governo do Estado e o setor produtivo não só é a melhor, mas única opção para identificarmos soluções que conciliem o combate à pandemia e a preservação dos empregos e da dignidade da população catarinense”, finaliza.
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