SUZANA SEDREZ
Psicóloga, Dra. em Educação, Mestre em Ciências Sociais
Para a mídia dominante (leia-se: PIG – Partido da Imprensa Golpista – orquestrado por sete famílias envolvidas até o pescoço nas listas em paraísos fiscais) Moro é um herói. Na mesma proporção investiram em Joaquim Barbosa (também premiado da Globo) que ocupou os estrondosos holofotes midiáticos, antes de seu rompante desgaste, tempos atrás.
Com maestria, subterfúgios e insistência coordenada (dia e noite) conduzem ideologicamente seus leitores e espectadores a essa e outras tantas inverdades, disseminadas por alguns grupos (financiados até pelos EUA) que promovem movimentos barulhentos e raivosos contra o governo (e o PT) amplamente divulgados pelo PIG.
Ao ter-se acesso a outras informações via mídia alternativa, pelas redes sociais, essa realidade se desmancha no ar. As estatísticas estão mostrando um descompasso entre o que diz o PIG “oficialmente” e o que está sendo feito pelo governo para, não só incluir grupos sociais marginalizados historicamente, bem como dar condições de desenvolvimento aos empreendedores nacionais ante a crise mundial do capitalismo.
Quanto ao Moro, sua metodologia tem-se revelado arbitrária e seletiva, sobretudo porque defende interesses da Globo e em última instância dos EUA (leia-se os trilhões que valem o cobiçado pré-sal no mercado mundial). O que lhes interessa é nosso potencial energético (seu barulho, por tabela, ainda não é pela água) a qualquer preço, inclusive subvertendo e/ou invertendo verdades, valores e nos fazendo ficar uns contra os outros.
Desqualificando lutas históricas, conquistas sociais sob a capa de falsos heróis e políticos fundamentalistas infiltrados no Congresso Nacional como porta-vozes desses interesses do mercado global.
Ou seja, aparentemente no Brasil vive-se numa Torre de Babel representada, especialmente, pela bancada BBBB + E: bala, bíblia, bife, bebida mais empreiteiras. Cada qual no seu quadrado exalando ódio entre cinismo e ressentimento X vergonha alheia e orgulho nacional. Não há diálogo. Só chavões e xingamentos que são repetidos a exaustão pela mídia dominante e mecanicamente internalizado pelos batedores de panela que, segundo pesquisa da USP, são escolarizados e “crentes”, mas não educados politicamente.
Além do que, diria que é preciso ver o contexto de alianças que o atual governo teve que fazer para governar e do qual pouco sabemos, só a versão do PIG e de seus feitores institucionais, nas outras fatias de poder das esferas federais e estaduais, que tem se revelado extremamente reacionárias e sobretudo inconstitucionais. A cada dia, assistimos ao embate sorrateiro, hipócrita e oportunista entre os valores das trevas e os do iluminismo orquestrados pelos dirigentes e seu séquito no Congresso Nacional.
Esboça-se uma recomposição via vetos, taxação e redistribuição de poder no STF, mas ainda em processo. Estaria em curso a “nossa” Revolução Francesa?
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