A “figueira” se foi, mas as perguntas seguem.

Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau
Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau
Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau

É só uma árvore? Sim.

Então por que essa?

Por que a falta de argumentação pública por quem determinou a retirada da árvore ?

O tapume levantado neste domingo pela manhã mostra a falta de jogo de cintura da promotora Monika Pabst, pelo menos neste caso. Foi a terceira tentativa de se cortar uma árvore  determinada por ela,  sem prestar muitas explicações das razões. Ela deve a sociedade algumas respostas.

Foto: Facebook Alfredo Lindner
Foto: Facebook Alfredo Lindner

A atitude servirá de exemplo daqui para frente? Podemos confiar que teremos uma Blumenau mais acessível para as pessoas circularem? Uma Blumenau mais humana?

O ato imposto pela promotora Monika Pabst, sem dialogar com os setores da sociedade que propunham alternativas, servirá como modelo para outros casos ou é uma atitude isolada?

Quem apresentou a denuncia ao Ministério Público ?  Ou foi uma iniciativa pessoal da promotora de investigar este caso específico ?

Existem outras denúncias do tipo na vara coordenada por Monika Pabst?  Quais foram os encaminhamentos?

O termo de ajustamento de conduta vale também para postes de concreto ou apenas para árvores?

Quais interesses estão colocados neste caso?

Conversei com um morador do condomínio Porto Real.  Segundo ele, a maioria é contra o corte, mas concordaram  e assinaram o TAC por conta de questões relacionadas ao habite-se.

A árvore ( figueira? seringueira?) foi derrubada porque impede a regularização dos apartamentos  no sentido de uma eventual transação imobiliária.

Ou foi em defesa de uma Blumenau mais humana, com mais acessibilidade, para todos?

Não  ouvi falar em multa nem punição para a construtora Torresani ou para a Prefeitura, que permitiu a obra com a árvore ali.  Quem pagou foi a árvore, cuja semente foi plantada há mais de 40 anos.

Mas o corte só atenderá o interesse coletivo se ele for adotado como prática permanente de ação pública que garanta acessibilidade em todas as situações e localizações.

Alguém acredita?

Será assim a atuação do MP daqui para frente em situações similares?

Foi só uma árvore. Sim.

Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau
Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau

Levou um pouco de cidadania embora.  Para ilustrar,  roubo uma imagem, das tantas postadas nas redes sociais,  sobre a árvore que se foi. Poderia ter sido postada ( provavelmente foi) por qualquer pessoa, mas a que reproduzo é do cidadão Jefferson Forest, com sua filha.

Como explicar para uma criança, nesta nossa racionalidade adulta?

Foto: Facebook Jefferson Forest
Foto: Facebook Jefferson Forest

A promotora Monika Pabst é uma pessoa do bem, com interesse em servir. Não deve estar feliz com as criticas que está recebendo, mas a falta de diálogo gera tal situação.

É importante tirar alguma lição disso.

Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau
Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau

 

3 Comments

  1. Diante desta atitude espero prosseguimento desta ação da PMB e Promotoria quanto a acessibilidade das demais calçadas esburacadas e obstruídas da cidade, já que a PMB vai gastar 2,8 milhões para 2,5km de ciclovia na região da alameda (+ de mil reais por metro) deve estar sobrando dinheiro para pelo menos executar passeio defronte os bens próprios do município.

  2. A sociedade que pegue uma muda e vá plantar cada pessoa uma.
    Já o excelentissimo, não passa de um aproveitador eleitoral.

  3. Se os vereadores fizessem seu serviço , que é fiscalizar o executivo, não teriam
    deixado passar o alvara de construção e teriam exigido da construtora a
    demolição da construção irregular . A arvore estava no lugar certo, a obra é que foi efetuada de forma irregular , mas postar foto nas redes sociais da mais cartaz . Sejamos francos, se você um simples munícipe, a Prefeitura mandaria derrubar a construção irregular , mas como é de uma grande construtora, ninguém quis se meter e sobrou para a promotora , que também agiu de forma errada , ,pois deveria
    exigir da Prefeitura que a obra fosse regularizada . Dois pesos e duas medidas , depende quem esta errado, se for grande cortam a arvore , se for pequeno , cumpra-se a lei ?

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