Napoleão é oficialmente um dos pré-candidatos do PSD ao governo em 2022

Em evento com prefeitos, vices, os quatro deputados estaduais e os dois federais, além de Hélio Costa (Republicanos), que vai se filiar na janela partidária, o PSD de Santa Catarina bateu martelo em torno da candidatura própria para o Governo do Estado e oficializou os três nomes como pré-candidatos: o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, o ex-governador Raimundo Colombo e o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes.

O deputado estadual Milton Hobus, presidente estadual do PSD, recuou de sua pré-candidatura para liderar o processo pré-eleitoral.

As chances de Napoleão Bernardes ser o nome depende de algumas variáveis. Antes de nada, ele precisa ser “abraçado” pelo Vale do Itajaí, ter o respaldo de lideranças da sociedade para disputar a eleição, assim como foi em 2018. Ele é visto internamente como o “novo”, mas com maturidade e experiência administrativa para estar a frente da chapa majoritária.

Seu principal adversário internamente, a meu ver, é o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, embalado pela recente proximidade com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Bolsonaro ainda tem muita moral entre os catarinenses, mas sofre desgaste entre o eleitorado feminino – que é maioria -, além de não se engajar na campanha eleitoral catarinense em caso de ter mais de um apoiador na disputa, o que deve acontecer caso a candidatura do senador Jorginho Mello (PL).

Raimundo Colombo só irá para a disputa se tiver muito bem avaliado nas pesquisas internas, o que não é fácil pelo desgaste de oito anos de mandato.

Napoleão tem o apoio de caciques do partido – deputado Júlio Garcia e o onipresente Jorge Bornhausen – e simpatia de uma ala grande, que enxerga nela a possibilidade de oxigenar o partido, sem arroubos populistas e nem inexperiência administrativa.