Desculpe-me! Eu não tive uma boa semana. Então, pode pular para o próximo texto, viu?
Para você que preferiu seguir, obrigado por permitir preencher um tanto do seu tempo com as lamúrias dos meus dias. Se a pandemia não estivesse ainda viva por aqui, escreveria de uma mesa de boteco, aquecendo o corpo com uma garrafa de pinga e conversando contigo. Você não imagina como estava precisando desabafar.
O mundo, definitivamente, não é um parque de diversões. O avançar da vida deixa isso muito mais claro para mim. O que é péssimo e, de verdade, lamento muito trazer esta reflexão até você caso nunca tenha pensando no assunto.
Steve Jobs dizia que “você não consegue ligar os pontos olhando para frente; você só consegue ligá-los olhando para trás”. Eu sempre penso nesta frase quando compreendo que errei. Odeio errar! É humano, eu sei. A questão no fundo nem é esta, do erro…e sim o julgamento do hoje, do ontem e aquilo que poderá chegar. Olhar para o passado e ter a clareza que poderia ter feito diferente é brutal. Dá uma vontade de esfregar a testa no chão por 2km.
Cresce no meu coração o sentimento que não existe justiça em assumir riscos, em tentar, em trilhar outros caminhos. Eu avisei, estou com a guarda baixa. A luta da semana foi tensa, pesada!
Conheço pessoas fantásticas que batalham por toda existência, realizam trabalhos impecáveis, empreendem como poucos e parece que o universo conspira justamente no último degrau. É uma sina: na hora do gol a trave “salva”, quando estava tudo certo mudam a regra. Não tem jeito! Pode aplicar o melhor golpe pulando de uma vez por cima do Everest que, do outro lado, nada acontece. No extremo contrario também reconheço exemplos. Gente que dá vergonha de chamar de pessoa, capaz de, literalmente, qualquer coisa, mas que a bunda sorri para lua com um vento besta que desejar. Tropeçou? O ouro brota no dedão pé; olhou para lado, e viu os números da Mega; só colocou o nome para participar e virou governador.
Se existe influencia do cosmo, da lua, da hora do nascimento ou dos céus eu não faço a mínima ideia. Acredito em tudo que leve pra frente. Juro, deste preconceito eu não morro. Por isso não dispenso uma oração!
Não desejo que um milagre aconteça. Longe disso. Algumas vitórias seriam suficientes, bastariam para equilibrar a guerra. Especialmente em momentos como este, que buscamos nos reencontrar. “A dor, nem sempre é um mal, pois às vezes é um meio para obter algo maior”, ensinou Epicteto.
Eu sei: cada semana que envelheço vou ficando mais rabugento. Desculpe-me! É inevitável…
Não será, o capitalismo?