Estamos caminhando a passos largos para o precipício, diz Maia

Foto: reprodução

Em live promovida pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira, 2, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a postura do governo com relação à agenda econômica. O deputado afirmou que está mais preocupado agora com a situação do país do que em julho.

“Hoje já não é mais uma questão do que a Câmara pretende fazer, mas do que nós podemos fazer em conjunto, Executivo e Legislativo”.

Maia pontuou que no pós-pandemia o país terá de enfrentar uma dívida alta aliada a uma pressão “muito grande” por conta dos índices de desemprego, que voltaram a crescer. Outra preocupação do deputado é com o orçamento público para 2021, o que classificou como “incógnita”.

“A gente não sabe o que o governo quer, o que o governo vai propor. De alguma forma, o ministro Paulo Guedes está quase que isolado, sozinho na defesa, dentro do governo, da necessidade de se encontrar caminhos respeitando as regras atuais do jogo, começando pelo teto de gastos”, disse.

O presidente da Câmara lembrou que para aprovar o orçamento é preciso aprovar a PEC emergencial e que há uma falta de organização com relação a agenda.

“Estamos no limite do teto de gastos. Tenho uma expectativa muito grande e acho que é o caminho para o Brasil voltar a crescer”.

Ao mesmo tempo, Maia disse estar pessimista com relação aos prazos das votações e apontou que a questão está “muito desorganizada”.

Nas últimas semanas as votações na casa têm sido adiadas em razão da obstrução feita por partidos de oposição e da base do governo. Avante, o PL, PP e PSD obstruem a pauta por causa de disputas na instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e da sucessão da Presidência da Câmara, que ocorrerá em fevereiro de 2021. O Centrão, liderado por Arthur Lira (PP-AL) pressiona pela escolha da deputada Flávia Arruda (PL-DF) para presidir a CMO. O grupo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), resiste e afirma que foi firmado um acordo para o presidente ser o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA).

“Eu vi notas outro dia de que era para não deixar a pauta da Câmara andar, para esvaziar a minha presidência. Está esvaziando o governo. E quem vai explodir se a pauta da Câmara não andar não é o meu mandato, que acaba dia 1º fevereiro. Quem explode é o governo”, disse Maia sobre as obstruções.

O presidente da Câmara também falou sobre as disputas internas para presidir a CMO e que se “criou uma crise por nada” com o episódio.

“Estamos caminhando a passos largos para o precipício, e todos estamos caminhando para isso juntos, todo o Brasil. E a gente brigando por algo que nem existe, que é o orçamento público”, afirmou.

Fonte: Congresso em Foco

 

1 Comment

  1. Infame mentiroso! a câmara e senado estão travando TUDO por interesses pessoais!
    O que Maia e Alcolumbre botaram para votar até agora??
    As mídias informam…

    “Guedes envia lista de projetos prioritários para o Congresso
    Essa lista, contudo, não se limita às reformas e conta com 48 propostas diferentes, das quais 19 são consideradas prioritárias”

    “Na lista de projetos prioritários de Guedes, contudo, não estão apenas a reforma tributária, a reforma administrativa e as três propostas de emenda à Constituição (PECs) do pacto federativo – a PEC emergencial, a PEC dos Fundos e a PEC do Pacto Federativo – que já são tratadas como prioridade pelo Congresso. Mas também projetos como o plano de equilíbrio fiscal dos estados, a privatização da Eletrobrás, o novo marco legal do setor elétrico e a MP do Emprego Verde e Amarelo.

    Camara não vota corte de mamata$ que ajudaria auxilio, e congresso não vota nada a um mes pq Maia quer seu deputado controlando orçamento de 2021

    16 de Abril:
    “Pressionado pelo Judiciário, Maia não garante urgência para projeto que acaba com supersalários

    O deputado Rubens Bueno (Cidadania), relator do projeto que se arrasta na Câmara desde 2016 e que tenta acabar com os salários acima do teto constitucional no funcionalismo público, divulgou que houve acordo para a votação da urgência da matéria na sessão de hoje.

    “Maia quer deputado seu partido controlando orçamento de 2021(Maia quer Doria Ciro e Huck 2022)

    “Por que a Câmara dos Deputados está sem votar nenhum projeto há um mês”

    “Por razões diferentes, tanto partidos de esquerda quanto siglas do chamado “Centrão” decidiram boicotar as votações em plenário nas últimas semanas.”

    “partidos como PT, PSOL, PC do B e PSB defendem a manutenção do auxílio em R$ 600. No começo de setembro, o governo enviou a MP ao Congresso prorrogando o auxílio e reduzindo o valor para R$ 300.

    “Estamos obstruindo enquanto ele não pautar isto (a MP 1.000/20) porque acreditamos que a pressão social forçará os parlamentares a votarem contra a medida provisória e portanto voltarem ao valor de R$ 600 no auxílio até o fim do ano. A obstrução, por parte da oposição, é para que o governo, ao ver que os projetos não avançam, que ele pelo menos coloque em pauta. Para que fique claro para a população quem é contra e quem é à favor da redução de R$ 600 para R$ 300″, disse à BBC News Brasil o líder do PT, o deputado Enio Verri (PT-PR).”

    “No caso do “Centrão”, o objetivo é pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em uma disputa por espaço na Comissão Mista de Orçamento (CMO). A Comissão é fundamental para a formatação da Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano que vem.”

    Correio Braz. e BBC.

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