Com os novos indícios de possíveis irregularidades em contratos firmados ou por firmar pelo Governo do Estado, a pauta na Assembleia Legislativa precisa ter um olhar mais atento, afinal, uma das principais prerrogativas dos deputados é fiscalizar. Mesmo em meio a sessões itinerantes – na semana passada em Lages, nesta semana em Chapecó -, alguns deputados devem engrossar o coro pedindo abertura de investigações.
O coro deve unir partidos antagônicos, como o PT e o NOVO. Matheus Cadorin (NOVO) e Fabiano da Luz (PT), assim como Rodrigo Minotto (PDT), cobram explicações e lembram como a Casa trabalhou em uma situação semelhante, num passado não muito distante, que foi o caso dos Respiradores, que quase custou o mandato do então governador Carlos Moisés (Republicanos), que teve contra si dois pedidos de impeachment.
Não que o Governo Jorginho Mello (PL) tenha cometido algum crime, mas é preciso que a Assembleia Legislativa chame os envolvidos para que tragam suas explicações sobre os casos denunciados pela imprensa e agora em investigação pelo Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado.
São denúncias sobre aquisições sem licitações, com indícios de direcionamento, que já custaram o pedido de demissão do presidente da CIASC, Moisés Diersman, homem de confiança e amigo pessoal do governador.
Aliás, Jorginho Mello deve ser o maior interessado em esclarecer os fatos, e a Casa do Povo é um espaço representativo para isso, ainda mais com a maioria que ele tem em sua base governista.
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