A baixaria da campanha eleitoral nacional

Um segundo turno, com atenção voltada para apenas dois candidatos, seria uma oportunidade de aprofundar discussão sobre as prioridades da população e as propostas de ambos para  resolver ou menos amenizar estas reivindicações.

Deveria ser, mas não é. Com a disputa voto a voto na disputa presidencial neste segundo turno, boa parte da pauta da campanha eleitoral virou baixaria, troca de acusações pessoais, a grande maioria descontextualizada, com intuito de desconstruir a imagem dos candidatos.

E a artilharia parte dos dois lados, de Lula (PT) contra Bolsonaro (PL), Bolsonaro contra Lula, nos programas de TV, nos atos públicos, entrevistas e nas redes sociais.

Temas transversos – não menos importante, mas que não são atribuição de um Presidente da República – pautam os debates, temas como aborto, pedofilia, tráfico de crianças, canibalismo, religião, fechamento de Igrejas, PCC, são apenas alguns que pautam as campanhas.

Enquanto isso, a discussão sobre reduzir o desemprego, a fome, diminuir a inflação, melhorar a saúde, educação, Infraestrutura, políticas de inclusão e por aí vão ficam em segundo plano.

Os ataques eleitorais são armas muito usada em campanhas eleitorais, mas nesta ganham uma proporção maior, até por ser ela, por conta da polarização, uma eleição diferenciada, com polos antagônicos bastante acirrados e mobilizados.

Perdemos uma tempo importante deste nosso momento democrático. Este tipo de estratégia eleitoral diz muito sobre quem faz, mas principalmente sobre quem consome e define posição a partir disso.

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