Ao contrário da esperada solução jurídica, a manhã desta quinta-feira, 24, véspera de Natal, foi de violência, dissidências e indefinições.
O grande Jaime Batista trouxe a informação e as imagens de que quatro ônibus da empresa Nossa Senhora da Glória foram apedrejados. Seria uma represália a um grupo de profissionais daquela empresa, que ignoraram a decisão dos colegas em assembleia e decidiram voltar ao trabalho. A Polícia Militar esteve na garagem da empresa. Ninguém ficou ferido, assim como ninguém foi detido.
12 ônibus da Glória circularam nesta manhã fazendo a linha Troncal 10 e juntando os troncais 12, 15 e 32. Com a diminuição do movimento, estes veículos devem ser recolhidos ao longo do dia e até amanhã.
Ninguém se machucou, fora a civilidade.
O Informe Blumenau sempre defendeu a greve, por conta da situação dos trabalhadores. Como defende o direito daqueles que desejam voltar ao serviço. Buscar fazer o convencimento no diálogo, faz parte. Agressão e intimidação não.
Como decidiram os funcionários da Rodovel, em assembleia realizada no domingo, com o aval do comando do Sindetranscol, que não esperava a decisão da maioria de aceitar o parcelamento do décimo terceiro salário em longas parcelas semanais até o fim de fevereiro.
Foi decidido e eles estão fazendo rodar os ônibus da empresa, mesmo de forma parcial. Há de se tentar convencer, mas acima de tudo, é preciso respeitar.
A partir do final da tarde, o blumenauense se recolhe. Festas familiares, encontros e reencontros, uma espécie de recesso. No sábado talvez ainda tenha um movimento de trocas no comércio da região central, mas daí a cidade pulsará menos. E dependerá menos do transporte coletivo.
Os prejuízos já estão postos, principalmente pela paralisação acontecer na semana que antecedeu o Natal. Foi ruim para todo mundo.
Agora dá para empurrar com a barriga até o começo de janeiro, quando a Prefeitura pode, legalmente, dissolver o contrato com o Consórcio Siga ou só com a Glória, ou com os dois. Todos esperam que venham com uma proposta de solução encaminhada, sólida, adequada.
E aí virar a página deste triste capítulo do cotidiano recente de Blumenau. A cidade perdeu.
2015 acabou, salvo uma ou outra decisão judicial com poucos feitos imediatos.
2016 trará novos gestores, quase certamente. Na pior das hipóteses, trará novos modelos de gestão com os mesmos atores de hoje, o que duvido.
O que esperar?
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