Dificilmente PSOL e PT estarão juntos na eleição em Blumenau. O assunto chegou a ser tratado formalmente pelos representantes dos dois partidos, mas não avançou. Ana Paula Lima é o nome indicada pelo PT para ser candidata à Prefeitura e Rosane Magaly Martins é o nome pelo PSOL.
A deputada federal deve priorizar o mandato em detrimento a campanha, com um vice provavelmente vindo do movimento sindical – o advogado Léo Bittencourt (PSB) – e o PSOL em chapa pura, provavelmente com Giovani Seibel, o “Gio das Bikes”, como vice.
O contexto de 2022, quando os dois partidos uniram-se, é outro. Lá, a aliança se deu em torno de Lula (PT) para vencer um adversário em comum, Jair Bolsonaro.
Hoje, em Blumenau, as duas siglas sabem que a atmosfera que garantiu a vitória de Lula e a ida de Décio Lima (PT) ao segundo turno não deve se repetir. As chances de um bom desempenho eleitoral são pequenas.
Portanto, o importante é cada um usar os espaços que terão na campanha e passar as mensagens que entendem importante. O PSOL sempre foi mais a esquerda que o PT e vê na eleição uma chance de evidenciar temas que o Partido dos Trabalhadores não dará tanta ênfase, como a questão dos povos indígenas, pessoas em situação de rua, tarifa zero, construção de UPAS e muito mais.
O Informe apurou que a questão de Florianópolis, onde o PSOL tem o deputado estadual Marquito como pré-candidato a prefeito e o PT o ex-vereador Lela, é importante, mas não decisiva. Por outro lado, caso o PT decidisse abrir mão da cabeça de chapa para o PSOL na capital do estado, certamente haveria uma contrapartida em outras cidades catarinenses, em Blumenau inclusive.
Mas o PT entende ser importante para o projeto estadual e nacional ter cabeça de chapa nas maiores cidades do estado, aquelas que terão propaganda na televisão, com alcance regional.
Façam o que fizerem, em Blumenau nossa bandeira jamais será vermelha .