A posse é só em janeiro e a eleição recém completa uma semana, mas a escolha da primeira Mesa Diretora da próxima Legislatura já agita os bastidores da Câmara de Blumenau. Onze vereadores foram reeleitos e oito deles entram para seu terceiro mandato ou mais. E tem ainda o ex-presidente Egídio Beckhauser (Republicanos), que perdeu o mandato por conta de problemas na nominata feminina da chapa de 2020, que está de volta.
Esses doze vereadores estão empoderados pelo eleitor e podem pleitear a presidência. Três nomes estão colocados nesta fase embrionária de conversas. O próprio Egidio, o atual presidente Almir Vieira (PP), e Ailton de Souza, o Ito (PL). Mas outros nomes não podem ser descartados de surgirem como alternativa, caso não haja consenso que garanta uma maioria para um dos lados.
Normalmente, por mais que se negue, a administração municipal e, neste caso, a futura administração trabalha pela eleição de um determinado grupo, pois tem interesse em garantir uma tranquilidade no comando dos trabalhos.
O entorno que deu suporte à vitória de Egidio Ferrari (PL) na disputa à Prefeitura de Blumenau elegeu nove vereadores, número tranquilo para garantir maioria para eleger a Mesa Diretora, mas a história mostra que não é bem assim. Em 2020, antes mesmo da posse da atual legislatura, uma articulação de vereadores eleitos em alianças adversárias a chapa vitoriosa de Mário Hildebrandt garantiu a Mesa, com a adesão de Egídio Beckhauser, que integrava a aliança governista.
Novamente, os vereadores eleitos, teoricamente para serem oposição, podem fazer a diferença, como PT e NOVO, cada sigla com uma bancada de dois eleitos. Na atual legislatura, o PT, com Adriano Pereira, teve papel decisivo para a eleição das duas mesas diretoras e pode repetir a dose. Resta saber o lado.
Professor Gilson, eleito pelo União, da aliança governista, é outro que não pode ser considerado como um voto fiel, pelo contrário, tem perfil de oposição e pode também fazer a diferença na hora de emprestar o seu apoio.
São quatro cargos na Mesa Diretora: presidente, vice, primeiro secretário e segundo secretário, cargos hoje ocupados por Almir Vieira, Maurício Goll (PSDB), Ito e Cristiane Loureiro (Podemos), respectivamente. O presidente é que tem a função de determinar o ritmo dos trabalhos, agilizando processos e embarrigando pautas.
E também, os integrantes do grupo que elegem a Mesa Diretora têm preferência na indicação de cargos comissionados da estrutura legislativa, além daqueles previstos para cada gabinete.
Tem muita água para rolar aí e reuniões já começaram, façam suas apostas!
O presidente do legislativo deveria ser o vereador mais votado , simples assim . Mas possivelmente vai haver acordos para que o presidente seja aliado do executivo .
Vereador é eleito para fiscalizar o executivo e não para ser subserviente , apoiar as politicas publicas e bons projetos do executivo, sem perder a responsabilidade , sem ser capacho do executivo em troca de cargos comissionados .