A distância entre Seterb e Prefeitura de Blumenau

Na sexta-feira, 16, por volta das 11h, conversei com o presidente do Seterb, Carlos Lange, sobre o começo da operação da Blumob em Blumenau. Não deu prazo, mas disse que o limite seria 17 de julho, com uma pequena probabilidade de ser alguns dias antes. “Mas não podia garantir”, disse.

Duas horas depois, em conversa com outra pessoa da Prefeitura, ligada ao terceiro andar e perto do núcleo do prefeito, tentei pescar informação diferente, inédita, sobre qualquer assunto. Meu interlocutor disse. “Tem uma boa, o novo serviço do transporte coletivo de Blumenau começa no dia 1º de julho”.

Ri. Comentei que sobre a conversa com Carlos Lange. “Sim, decidimos agora”, me garantiu minha fonte.

Em seguida veio o comunicado oficial, através da Secretaria de Comunicação.

O presidente do Seterb me pareceu meio vendido nesta definição, posso estar enganado.

Como também ao posicionar-se contrário ao projeto de lei do vereador Jovino Cardoso, que determina a imposição de foto quando da multa através das câmera de monitoramento.Agora, mesmo com todo o debate sobre a constitucionalidade e viabilidade, virou lei, sancionada pelo prefeito Napoleão na semana que passou.

Enfim, será que a batata de Carlos Lange está assando? Perguntei a ele. “De minha parte não”, garantindo executar seu trabalho normalmente e com o respaldo do prefeito.

Recentemente ocorreu outro episódio que mostra um certo distanciamento entre o núcleo do prefeito e Lange. O Seterb enviou um projeto que mexia com a situação dos cobradores de ônibus. O Gabinete não se deu conta, foi para a Câmara, que aprovou rapidamente.

No mesmo dia os trabalhadores pararam alguns minutos e deram gás para paralisação nacional realizada alguns dias depois.

A Prefeitura voltou atrás e nos bastidores lamentou o desgaste com a opinião pública, trabalhadores do transporte coletivo e vereadores.

Carlos Lange não é do núcleo político. Também não é um técnico no Seterb. O que lhe deixa um tanto fragilizado.