Na semana que passou, o conturbado processo de licitação para construir a Ponte Norte-Sul, no centro de Blumenau, parecia ter dado um passo para a obra sair do papel, depois de oito anos de ser proposta, na campanha eleitoral de 2012, pelo então candidato Napoleão Bernardes (sem partido), azarão na disputa.
A abertura das propostas financeiras, depois de quase um ano e meio da licitação suspensa por decisão judicial, realizada na quarta-feira, 20, indicava um pá de cal no debate até agora.
Mas não.
Para começar, pelo menor preço apresentado, da Salver, cerca de R$ 15 milhões a menos que o teto estipulado no edital, que indicou R$ 38.961.457,97. A empresa, de Ituporanga, levou a melhor, com a proposta de R$ 23.222.222,22.
O preço oferecido surpreendeu vários integrantes da administração municipal, que ficaram com uma pulga atrás da orelha. Há um sentimento interno que, com este valor, dificilmente se entregará o que está no projeto da obra, mesmo com o reajuste da inflação por conta do tempo que a licitação ficou suspensa.
A empresa já participou da execução de outras obras públicas em Blumenau, como o prédio da Delegacia Regional e estruturas de escolas.
Outra notícia, trazida em primeira mão pelo Pancho, no Jornal de Santa Catarina, é a investigação do Ministério Público Estadual, através do promotor Gustavo Merelles. Ele pede uma série de documentos relacionados ao edital e data para ouvir as testemunhas.
O promotor lembrou que o projeto foi rejeitado pelo BID, cujo contrato com a Prefeitura de Blumenau já previa recursos para a ponte do centro, mas no traçado original previsto pelo então prefeito João Paulo Kleinübing (DEM) em 2012.
No documento do MP, está escrito que o EIV, Estudo de Impacto Vizinhança, apresentado pela Prefeitura é para projeto diferente do que a obra se propõe.
Cita os debates referentes a licença ambiental e do patrimônio histórico, assuntos que foram pautas das decisões judiciais que barraram o processo até então, mas que foram superados por decisões recentes da Justiça Federal e do Tribunal de Contas do Estado.
Gustavo Merelles questiona a postagem de documentos referentes a licitação no portal transparência da Prefeitura e critica que o Município não atualizou o teto das propostas financeiras, mantendo as mesma de um ano e meio atrás.
O promotor diz que está “evidenciada a presença de atos de improbidade administrativa”.
É uma ação do MP, pode não dar em nada. Mas juntamente com a desconfiança pela baixa proposta apresentada pela empresa vencedora, fica novamente aquela dúvida no ar.
Será agora que a ponte sai?
Matéria fraca.
Para começar, pelo menor preço apresentado, da Salver, cerca de R$ 15 milhões a menos que o teto estipulado no edital, que indicou R$ 38.961.457,97. A empresa, de Ituporanga, levou a melhor, com a proposta de R$ 23.222.222,22.
Possivelmente a empresa expurgou do valor as comissões que muitos pensam em receber .
nao da pra imaginar em pleno seculo 21 eles nao pensarem em fazer um elevado para entrar na ponte, vai para tudo a rua itajai que ja é um caos sem sinaleira…..os caras nao pensam? alguém avisa a prefeitura.