A matemática do segundo turno para a eleição presidencial

Este é apenas um exercício de matemática, feito por um jornalista não muito bom com números, mas que acompanha bastante a cena política.

Sobre a eleição nacional. Afinal quem é o favorito?

No primeiro turno, a diferença entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) é de pouco mais de 6 milhões para o petista. É um caminhão de votos, mais que o total de eleitores em Santa Catarina.

Mas tá decidido então? Longe disso. Segundo turno é outra eleição.

A primeira coisa que os dois candidatos devem buscar é manter os votos conquistados. E ai, certamente começará uma artilharia um contra o outro para tentar reverter alguns destes votos.

Estamos vendo os candidatos em busca de apoio. Bolsonaro angariando apoios juntos a governadores e senadores eleitos, Lula de olho nos candidatos que disputaram o primeiro turno. Já conquistou o apoio do PDT e de Ciro Gomes e de Simone Tebet mas não o de todo MDB.

As duas táticas estão corretas, é o jogo. Mas como já escrevi, apoio é importante, mas não é voto. No caso dos agora ex-presidenciáveis, é mais fácil mensurar o que está em disputa. Ciro e Tebet fizeram quase oito milhões de votos. Os demais candidatos juntos não chegam a 1,5 milhões de votos, sendo que nesta lista tem candidatos afinados com Bolsonaro, outros com Lula.

Para quem vão os votos de Tebet e Ciro? Se eles forem igualmente divididos, vantagem para Lula.

Mas tem um eleitor que pode ser decisivo, aquele que não foi votar e aquele que anulou ou votou em branco, mesmo tendo 11 candidatos a presidente. Neste grupo, temos cerca de 5,4 milhões de votos, que se migrados para Bolsonaro reverteria a vantagem que Lula tem agora. Mas é muito difícil que um conjunto significativo destes eleitores escolha um candidato nesta altura do campeonato, pelo contrário, este numero tem tudo para aumentar com a polarização.

Resta então os eleitores que não foram, cerca de 20%, ou seja, mais de 31 milhões. Aqui tem um público importante para se fazer uma virada ou consolidar uma vitória. Mas é a média histórica das abstenções no Brasil.

E você, qual seu cálculo?

2 Comentário

  1. Meu calculo é que vai dar Bolsonaro , é impossível que o povo brasileiro vá votar em Ladrão , chefe de quadrilha .

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