O Twitter é a principal plataforma em que as fake news se proliferam e reconhece isso. Para este ano, a empresa assumiu o compromisso de combater a distribuição de conteúdo falso, tanto que em março, novas ferramentas devem ir ao ar.
O microblog passará a rotular e identificar com outras cores os posts feitos por figuras políticas que contêm conteúdo de veracidade questionável.
“Nós estamos explorando uma série de formas de atacar a desinformação e oferecer mais contexto a tuítes publicados no Twitter”, disse um porta-voz da empresa à NBC News. “A desinformação é um problema crítico e estamos testando diversas formas de solucioná-lo”.
Em uma versão demonstrativa mostrada pelo site, o Twitter revelou exemplos do visual dos rótulos em questão. Essa pode não ser a versão final, mas é provável que a ferramenta fique parecida com o que se vê na imagem abaixo:
Além disso, outra ferramenta em teste pela rede social é uma espécie de programa de pontos de popularidade; com ela, a ideia é impedir que contas falsas ou perfis de “trolagem” acabem assumindo um papel de destaque ou moderação na marcação de posts como falsos ou potencialmente enganosos.
“Os usuários do Twitter ganharão ‘pontos’ e uma ‘insígnia de comunidade’ caso contribuam de boa-fé e tenham ações boas, como se fossem bons vizinhos, oferecendo contexto essencial para ajudar as pessoas a entender a informação que estão vendo”, diz a matéria da NBC. “O sistema de pontos pode prevenir trolls ou figuras políticas de se tornarem moderadores [de uma conversa] se eles comumente diferem do que a maior parte da comunidade marcar como falso ou duvidoso”.
Política é a base das fake news
Que o Twitter tem sido a casa de muitos perfis falsos ou de informações desencontradas sendo tratadas como verdade, todo mundo sabe. Entretanto, nos últimos dois anos a plataforma vem sendo justificadamente criticada pela proliferação em massa de conteúdos falsos sem que ela tivesse uma atitude mais firme para coibir isso.
O debate político polarizado — sobretudo em países como EUA e Brasil — parece ter destaque nesse problema: é comum não só a veiculação de conteúdo falso, mas também a criação de contas e mais contas que têm por objetivo apenas ampliar de forma artificial a abrangência de conteúdo publicado por certas figuras políticas (os chamados “bots”).
A empresa sabe disso e vem, desde o último ano, tomando atitudes que visam minimizar isso. Um bom exemplo é a proibição da veiculação de anúncios de fins políticos feita por partidos e figuras públicas. Ao contrário do Facebook, que admitiu que permitirá que anúncios contendo fake news sejam mantidos no ar (ainda que marcados como falsos), o Twitter decidiu banir qualquer publicidade do tipo.
As novas ferramentas, com previsão para entrar em funcionamento no início do mês de março, devem auxiliar a rede de microblogs a atacar o problema. Entretanto, da forma como o Twitter se faz entender, essas marcações especiais serão feitas com base no feedback da própria comunidade, então desencontros ainda devem acontecer.
O Twitter nunca foi e nunca será LAICO!
São preconceituosos, discriminadores e intolerantes quando são refutados.