Faltando menos de um ano para a eleição em Blumenau, há apenas uma pré-candidatura à Prefeitura colocada de forma oficial, a da vice Maria Regina Soar (PSDB). Mesmo assim, pairam muitas dúvidas se ela irá se confirmar.
De resto, muitas especulações, nenhuma confirmação e alguns indicativos. O indicativo mais forte é a pré-candidatura do agora promotor público aposentado Odair Tramontin, pelo Partido Novo. Sua aposentadoria, em setembro, foi em grande estilo, com um vídeo que lembrava muito o começo de uma campanha eleitoral. É o nome mais citado nos bastidores da politica como favorito neste momento da disputa.
Além do nome de Tramontin, sua parceria de chapa majoritária parece também estar perto de uma definição. É a suplente do senador Esperidião Amim (PP), Denise dos Santos (PSD), esposa do deputado federal Ismael dos Santos (PSD), com grande ascendência na Igreja Assembleia de Deus.
A união reúne ingredientes de contradição, mas se aproxima da posição pragmática adotada pelo Novo nesta nova fase. Traz para a sigla um público que o partido não dialoga, o segmento religioso e comunidades mais carentes. Além do mais, traria, em caso de confirmação, uma estrutura eleitoral importante, com expertise de eleições em Blumenau, além de tempo de tv e recursos do Fundo Eleitoral. E dois deputados para a campanha, o próprio Ismael e o estadual Napoleão Bernardes. Diga-se de passagem, na última sexta, durante o balanço do seis meses de mandato de Napoleão, Tramontin marcou presença.
A dobradinha Novo-PSD tem tudo para atrair o União Brasil, presidido pelo deputado estadual Marcos da Rosa, também ligado a Igreja Assembleia de Deus. Seria uma chapa competitiva.
O namoro entre as sigla começou no primeiro semestre e deve avançar nos próximos dias com a aposentadoria de Tramontin. E agora pode virar em casamento a partir de algumas conversas, que passam por plano de Governo e espaços numa futura administração municipal.
Então o NOVO já não é mais tão novo?