A primeira visita do governador Carlos Moisés a Blumenau

Será na quarta-feira, dia 13, a primeira visita de Carlos Moisés (PSL) a Blumenau, depois de 72 dias de ser empossado como governador. 136 dias depois da consagradora vitória no segundo turno da eleição de 2018.  E há pelo menos 150 dias depois de sua última visita à cidade, ainda no primeiro turno da eleição.

Tem gente que acha bobagem lembrar estes números, mas Blumenau votou em peso no então comandante Moisés, assim como a maioria das cidades de Santa Catarina. A diferença para as outras é que três ex-prefeitos participaram da disputa majoritária, um candidato a governador e dois como vice na chapa.

Mesmo assim e apesar do cacife político dos adversários – Décio Lima (PT), Napoleão Bernardes (PSDB) e João Paulo Kleinübing (DEM), Moisés fez 77,41% dos votos válidos no segundo turno, na disputa contra Gelson Merisio (PSD), parceiro de Kleinubing

Na agenda ainda pré-oficial em Blumenau nesta quarta, o governador visitará o prefeito Mário Hildebrandt (sem partido), as lideranças empresariais e patronais e depois participa da abertura do Festival Brasileiro da Cerveja.

Terá que explicar como estão alguns compromissos do Governo com Blumenau, que independente do governante de plantão, são compromissos  do Estado com a cidade.

Não adianta cobrar a duplicação da BR 470, estando com a SC 108, o prolongamento da Via Expressa, parado há pelo menos um ano e meio. O que será feito?

E quando – e se – termina a revitalização da Rodovia Jorge Lacerda em 2019?

E o Centro de Convenções? E  a conclusão do Complexo Penitenciário, lembrando que Blumenau foi uma das poucas cidades a querer receber unidade prisional? Quando a escola no bairro Itoupavazinha será entregue, ela que começou a ser construída em 2015 – isso mesmo, se passaram quatro anos – ?

Sabemos que a época é de vacas magras, mas o governador tem algum compromisso de investimento em Blumenau? Qual área?

E quem será ou quem serão os interlocutores de Blumenau com o Governo do Estado?  A extinção das ADRs, ainda não concretizada oficialmente, é uma medida saneadora, mas o Vale do Itajaí, assim como outras regiões, não pode ficar sem ter alguém que organize as demandas, acompanhe-as e cobre.

Enfim, Moisés visitará em Blumenau. Como diz o ditado, antes tarde do que nunca.