Não há atrito nas relações entre o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) e o governador Jorginho Mello (PL), que assumiu há menos de 45 dias. Mas já foi melhor, mas próxima. Hoje praticamente não existe.
É natural, é começo de Governo, mas algumas sinalizações são importante de serem observadas.
Mário abraçou a campanha de Jorginho no segundo turno da eleição em Santa Catarina, numa vitória previsível. Ao contrário do primeiro turno, quando a força da onda 22 ainda era uma incógnita e o prefeito de Blumenau se transformou num dos mais importantes cabos eleitorais do ex-governador Carlos Moisés (Republicanos), que buscava a reeleição.
Algumas mágoas devem ter ficado. Os nomes de Blumenau convidados para ocuparem cargos estratégicos no Governo não passaram pelo prefeito, entre eles dois secretários municipais, Patricia Lueders, hoje adjunta da Secretaria de Educação do Estado, e Marcelo Greuel. E o terceiro nome sondado é de um adversário político, possível candidato do Novo para Prefeitura em 2024. Segundo apuração do colega Evandro de Assis, o promotor público Odair Tramontin foi convidado para assumir a secretaria de Segurança Pública.
É natural da política valorizar os parceiros políticos nas indicações, assim como evitar espaços para prováveis adversários dos parceiros. Jorginho fez diferente.
De qualquer forma, a representatividade de Blumenau na linha de frente do Governo resume-se a Patrícia Lueders para adjunta.
E, assim como a grande parte dos prefeitos, Mário Hildebrandt aguarda respostas sobre o Plano 1000 e outros investimentos do estado na cidade, sinalizadas pelo governo Moises. Respostas que o governador ainda não tem, até porque o compromisso não era dele e sim do adversário eleitoral, além de tentar entender e conviver com a nova realidade financeira do caixa do Governo.
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