A sintonia entre governador Moisés e a deputada Paulinha e a expectativa para a definição partidária

A relação se construiu no momento mais difícil do Governo Carlos Moisés (sem partido), quando ele se isolou da classe política e não construiu diálogo com os deputados na Assembleia Legislativa, que quase custou seu mandato, ao enfrentar dois processos de impeachment. Naquele período, começo de 2020, ainda antes da pandemia, a deputada estadual Paulinha (sem partido) foi escolhida como líder de Governo, o que lhe custou a expulsão do PDT, seu único partido até então. Ela virou uma voz quase isolada na Assembleia, quando era difícil alguém querer associar a imagem ao então fragilizado Moisés, muito menos defendê-lo.

Moisés aprendeu a fazer política, sobreviveu aos dois pedidos de afastamento, construiu uma base sólida na Assembleia com partidos tradicionais como MDB, PSDB e PP e com o Estado com os cofres cheios, angaria simpatia de prefeitos de todas as regiões com o Plano 1000, turbinando seu projeto de reeleição.

Passada a turbulência, é  cada vez mais clara e evidente a sintonia entre a deputada Paulinha e o Governador Carlos Moisés. Na visita que fez esta semana ao parlamento, no Gabinete da Presidência, os sentaram lado a lado gerando uma imagem simbólica do ponto de vista político. A parlamentar também é presença constante nos atos de assinatura do Plano 1000 com os diferentes prefeitos, atos estes sempre muito concorridos.

“ Política é para mim uma vocação. É servir, independente de siglas partidárias e ideológicas, o povo catarinense”, afirmou a deputada.

O governador faz questão de retribuir o apoio.

“ Obrigado por se fazer presente em atos tão importantes para os municípios catarinenses. Seguimos com controle rigoroso das despesas para investir no que mais importa para os cidadãos, com apoio do Legislativo e dos prefeitos, independentemente do partido a que pertençam”, disse Moisés.

Os dois, Moisés e Paulinha, são candidatos naturais à reeleição e com boas chances. Ainda sem filiação, os dois tem pouco menos de dois meses para definir a partida que irão concorrer e é cada vez mais certo que devem estar juntos na mesma sigla, que pode ser uma de tradição, como o MDB, ou menor, como o Cidadania.

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