A visita de representantes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos a Blumenau nesta quinta-feira, 11, teve três agendas públicas. Reunião com um promotor público federal, com educadores no Sintraseb e com representantes de órgãos e ONGs ligados aos direitos humanos, na sede do Instituto Federal.
Também anunciaram agenda na Polícia Civil e na secretaria de Educação do Município. Alegaram que a Prefeitura não quis atender, questionei a Secretaria de Comunicação. Alegou que o pedido teria sido feito por e mail, que acabou chegando para o destinatário errado, mas que tinham remarcado para duas horas depois, o que teria inviabilizado o encontro, segundo o Conselho. Não temos informação sobre o motivo pelo qual não houve a reunião com a polícia.
O Informe Blumenau acompanhou a última agenda, no IFC. Cerca de 35 pessoas participaram do encontro, coordenado pelo conselheiro Carlos Nicodemos, que lidera a comitiva.
Alguns presentes relataram situações pessoais e outros apontaram acontecimentos recentes na cidade, como os casos de homofobia no Parque Ramiro, casos de racismo, o avanço das igrejas neopentecostais, inclusive na política e a tentativa de impedir o Grito dos Excluídos. Lembraram ataques contra professores e discursos de ódios feitos por parlamentares.
E, principalmente, apontaram uma certa leniência das autoridades envolvidas.
As denúncias serão protocoladas no Ministério dos Direitos Humanos e serão encaminhados para o Ministério Público Federal. Uma audiência publica conjunta entre MPF e o Conselho ficou prometida para breve.
O preconceito, a discriminação, o assédio, a intolerância, o discurso de ódio e a tentativa de intimidação tem sido frequentes pelo Brasil, assim como são comuns mundo a fora. Manifestações reverberadas pelas redes sociais, que ecoam como nunca.
Não são uma realidade só de Santa Catarina, e muito menos em Blumenau, como bem diz Carlos Nicodemos, é um problema nacional e até mundial e o Conselho, seguindo uma resolução da ONU, tenta dar prioridade para investigar estes casos.
A escolha de Blumenau para a visita da comitiva é baseada na tese de doutorado do curso de Antropologia Social da Universidade Estadual de Campinas , a Unicamp, feita por Adriana Dias, falecida em 2023, com 52 anos. Depois de 16 anos pesquisando em sites, blogs, fóruns e comunidades neonazistas na rede mundial de computadores, e em documentos e atividades não digitais, ela apontou em 2018 a existência de 63 células neonazistas.
Este estudo, chamado de Observando o ódio, foi feito em um período anterior a eleição de Jair Bolsonaro. Mais informações aqui.
É um estudo importante, mas é preciso mais dados – boletins de ocorrência, denúncias, provas – para não estigmatizar Blumenau, por conta do seu passado de colonização alemã.
O povo que mora aqui é conservador sim, mas tem muita gente de fora, de diferentes regiões do pais. O avanço das igrejas neopentecostais é uma realidade perigosa por conta do projeto de poder que traz embutido, mas não dá para medir todo mundo com a mesma régua.
E se for para ser assim, são necessários mais dados e comparações. O que não invalida a importância da vinda da comitiva nesta quinta-feira.
Além de Blumenau, a comitiva tem agenda em Florianópolis.
O Informe Blumenau conversou com o Carlos Nicodemos e a entrevista pode ser conferida aqui.
O conselho nacional de direitos humanos veio fazer o que em Blumenau ?
Nada , gasto de dinheiro público para fazer marketing no SINTRASEB.
Porque não vão verificar o aumento de mortes de índios Yanomamis , que desde Janeiro de 2023 só aumenta ?
Se basear numa única tese feita por uma única aluna que estudou numa universidade pública paga com nosso dinheiro? Sou de Blumenau, moro em Curitiba, já morei em muitas capitais até no nordeste. Existe inveja pelo estágio que alcançamos.
Os cabides de emprego criados em Brasília, ministérios inúteis, são oferecidos somente para os radicais de extrema esquerda. Estes não se importam de sair pelo mundo afora para
fazer propaganda negativa. Precisamos é promotores positivos, turistas. Falta sabedoria!
Os índios não importam para todes!
Os mesmos comentários da extrema-direita, de onde eclodem muitos extremistas seja de que área for. Me surpreende um portal de direita ter publicado a matéria. Até porque este comentário não será publicado como nenhum que fiz até hoje. Este Serpa é sócio desse portal? Extrema-direita sempre em desacordo quando mexem em sua ferida. Pimenta nós olhos dos outros regresco. Este Serpa é sócio ou dono do portal? Figurinha que vive de mal com o mundo.