A segunda temporada do Museu de Arte de Blumenau (MAB) já começou. Na noite de quinta-feira, dia 5, um prestigiado evento marcou a abertura das exposições na Secretaria Municipal de Cultura (SMC), com a participação de artistas, curadores, escritores, autoridades e da comunidade. Entre as atrações, o museu recebe produções de São Paulo e do Ceará, além de contar com exposições de artistas locais e do próprio acervo.
Com show musical da Banda Municipal, o evento promoveu o lançamento dos livros “O menino e a gaivota”, de Ana Paula de Abreu, e “Eles sobreviveram… nós prosperamos”, de Selma Rutzen.
“A arte está aí para nos chamar à reflexão, provocar questionamentos. E Blumenau tem o privilégio de ter no MAB um equipamento icônico para incentivar e difundir as artes em todas as suas formas e expressões. É isso que traz essa segunda temporada, com fotografia, literatura e artes plásticas”, destacou o secretário de Cultura, Sylvio Zimmermann, durante a abertura.
A segunda temporada segue até o dia 21 de junho, sendo que o público pode visitar gratuitamente as exposições de terça a domingo, das 10h às 16h. A secretaria também agenda visitas mediadas, pelo telefone 3381-6176.
Sobre as exposições
Sala Roy Kellermann: Exposição Dez Noventa, da artista Delfina Rocha
A exposição resulta de uma jornada da fotógrafa Delfina Rocha pelos espaços que moldaram sua infância e adolescência. A sua narrativa imagética está organizada dentro de um contexto emocional que permite momentos de lembranças individuais. A partir de suas visitas recentes a sua antiga casa, a artista criou uma série de dípticos que combinam imagens atuais com antigas fotografias saídas do álbum de família de 1972, muitas das quais foram tiradas pela própria artista. As fotografias da exposição permitem ao público ver o espaço através dos olhos da artista e compartilhar a sua jornada pessoal através do tempo.
Sala Pedro Dantas: Uma linha entre pontos, de Astrid Lindroth, 45 anos de arte
A artista catarinense comemora 45 anos de arte em exposição no Museu de Arte de Blumenau. A curadoria é de Marc Engler, que identificou, no universo da reserva técnica da artista, relevantes obras produzidas em cada série desse percurso. Sempre coerente na fala e na estética, Astrid usa, principalmente, o bico de pena para criar suas expressões através do pontilhismo.
Sala Elke Hering: Exposição: Tempo e Obra: Marcas e Memórias – Acervo do MAB
O Projeto 000431 Restauração/Troca de Chassis e Molduras de Obras do Acervo do Museu de Arte de Blumenau, de Arian Grasmuk, foi contemplado no Prêmio Museus/Patrimônio e Paisagem Cultural do Edital Elisabete Anderle – Edição 2022. A exposição “Tempo e Obra: Marcas e Memórias” reúne 27 obras que foram transferidas em 2020 do acervo do Museu da Família Colonial para o Museu de Arte de Blumenau e uma obra que já integrava o acervo do MAB. As obras passaram pela limpeza mecânica, remoção de chassis e molduras contaminadas por insetos xilófagos, construção de novos chassis e emolduramento, deixando-as prontas para exibição.
Galeria Municipal de Arte/Sala Alberto Luz: Exposição “Desexistir”, de Edson Françozo
Em “Desexistir”, Edson Françozo procura explorar visualmente aspectos da memória como seu apagamento e rompimentos, e a desorientação consequente. Com o uso de imagens antigas refotografadas com câmera pinhole (artesanal), assim como diferentes procedimentos e possibilidades de articulação da fotografia com a produção imagética e artística contemporânea, o artista chama atenção para as lacunas da memória e a perceber a potencialidade do tempo.
Galeria do Papel: Exposição Flood – o Manto da Visibilidade, de Maria do Carmo Verdi
Flood
O Manto da Visibilidade torna visível o invisível, como acontece, por exemplo, depois de uma inundação, avalanche ou movimento abrupto no ambiente. Por meio da linguagem poética e lançando mão da técnica da pintura, da costura, do bordado e da impressão digital, a artista criou imagens que formam uma narrativa que poderá levar ao espectador uma reflexão sobre a importância do cuidado que nos garantirá a sobrevivência, a resistência e a persistência da vida na Terra. A instalação consiste em um grande plano em tecido, manipulável, fixado nas grades do teto da Galeria do Papel, por cordões em oito diferentes pontos. O manto de 7 metros x 11 metros é composto por vários tecidos, alguns tingidos e pintados, outros também bordados e impressos digitalmente, todos costurados à mão. Ao movimentar os cordões que suportam o manto é possível alterar sua forma ativando diferentes partes da obra no espaço.
Fonte: PMB
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