A Assembleia Legislativa celebrou na noite de quarta-feira (15) a passagem de 130 anos de fundação da Escola de Educação Básica Pedro II, de Blumenau, que iniciou as atividades escolares em 1º de maio de 1889.
Os ex-diretores Leonir Alba e Victor Sasse, bem como o atual gestor do Pedro II, Jadir Booz, agradeceram a homenagem do Parlamento à escola mais antiga de Santa Catarina. “Estamos tomados daquela alegria que vem do fundo do coração, que mexe com os sentimentos. É gratificante porque podemos lembrar de momentos do Pedro II, da nossa passagem por uma escola que marcou a vida das pessoas com uma fantástica turma de professores”, discursou Leonir Alba.
“Realizamos a primeira eleição direta para diretor de escola com a presença do governador Esperidião Amin, que viu a grandeza do processo democrático da escolha da melhor figura para dirigir e o escolhido foi o professor Leonir. Esta foi a maior contribuição que apresentamos durante o período em que estivemos à frente do Pedro II”, afirmou Victor Sasse, ex-diretor e ex-prefeito da cidade fundada pelos imigrantes alemães.
“Gostaria de ressaltar como é difícil e gratificante nosso trabalho de gestor, ao longo desses 130 anos a escola serviu e serve à comunidade”, declarou Jadir Booz, diretor do Pedro II, que aproveitou para reivindicar a reforma do prédio e mais segurança. “Não é só a parte física, nos temos documentos e temos medo de que um vândalo de má índole destrua toda a história da escola”.
O advogado Gustavo Henrique Gunchoroski, egresso do Pedro II, falou em nome dos ex-alunos. “Estou aqui para agradecer o colégio, as pessoas que saíram do Pedro II alcançaram sucesso nas suas carreiras porque receberam dos professores tudo o que foi possível”, registrou Gustavo.
Ricardo Alba (PSL), também ex-aluno, lembrou que tanto o pai, Leonir, quanto a mãe, Cleide, ensinaram no Pedro II. “Fiquei lá de 1990 até 2002, quando concluí o Ensino Médio, estudei a vida inteira lá, na época era o segundo maior educandário do estado”, informou Alba, acrescentando que os homenageados são professores, ex-professores e ex-alunos “que construíram o sucesso do Pedro II”.
Luciane Carminatti (PT), propositora da homenagem, elogiou o atual diretor e comparou-o aos demais diretores de escolas estaduais. “O professor Jadir não pediu melhores salários ou melhores condições de trabalho, ele quer sair da escola com uma escola melhor. São professores que apesar de o governo não investir, de não terem condições de trabalho, estão lá teimosamente segurando a educação pública. É por isso que quando alguém vem falar mal de professor, bato na mesa. Eu sei que têm professores relapsos, incompetentes, tem sim, mas não é o conjunto, o conjunto é que mantém as escolas de pé”, reforçou a presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto.
Reforma confirmada
Ricardo Alba revelou aos professores e alunos do Pedro II que a Secretaria de Estado da Educação (SED) confirmou que reformará o prédio da escola. “O velho imperador vai se vestir novamente”, garantiu o representante de Blumenau.
Um pouco da história do Pedro II
Em 1º de maio de 1889 a Neue Deutsche Schule (Nova Escola Alemã) iniciou as atividades em uma casa de madeira na rua Pandiá Calógeras, onde hoje funciona a biblioteca do colégio.
Em 1915 foi adquirido um terreno na rua Floriano Peixoto, na entrada do Bom Retiro e nove anos depois, em 1924, foi inaugurado o novo prédio, que abriga parte da escola até hoje.
Em 1942, durante a ditadura de Getúlio Vargas, o colégio foi integrado à rede pública estadual e passou a se chamar Grupo Escolar Modelo Pedro II. Em 1946 foi criada a Escola Normal Pedro II, oportunidade em que o educandário passou a ofertar os cursos primário, ginasial e normal (formação de professores).
Atualmente a escola conta com cerca de 850 alunos matriculados no ensino fundamental, médio e no magistério.
Fonte: Agência AL
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