A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira, 11, o uso emergencial do medicamento Regkirona (regdanvimabe), em caráter experimental, contra o coronavírus.
A medicação injetável é de uso restrito a hospitais, voltado a programas de saúde pública, e deve ser usado somente após teste positivo para o Sars-CoV-2 e dentro de sete dias após o início dos sintomas, indicou a Anvisa.
O regdanvimabe é um anticorpo monoclonal, ou seja, um produto biológico produzido em laboratórios e que reproduz anticorpos que ajudam o organismo.
Esse é o quarto medicamento autorizado no Brasil para tratamento da Covid-19, sendo o terceiro em uso emergencial.
O pedido para uso foi protocolado pela empresa Celltrion Healthcare Distribuição de Produtos Farmacêuticos do Brasil Ltda.
Indicações
O regdanvimabe é indicado para o tratamento de Covid-19 leve a moderada em pacientes adultos que não necessitam de suplementação de oxigênio, com infecção por Sars-CoV-2 confirmada por laboratório e que apresentam alto risco de progressão para a doença em sua forma mais grave.
O alto risco, na bula do medicamento, envolve pacientes que atendam a pelo menos um dos seguintes critérios: que tenham índice de massa corporal (IMC) =35; tenham doença renal crônica.; tenham diabetes; tenham doença imunossupressora; estejam recebendo tratamento imunossupressor no momento; possuam 65 anos de idade ou mais; possuam 55 anos de idade ou mais e tenham doença cardiovascular ou hipertensão; ou. doença pulmonar obstrutiva crônica ou outra doença respiratória crônica.
Contraindicações
O medicamento não está indicado para uso em pacientes que: estejam hospitalizados devido a complicações da Covid-19; que necessitem de oxigenoterapia devido à Covid-19; e requeiram um aumento na taxa de fluxo de oxigênio basal devido à Covid-19, em pacientes submetidos à oxigenoterapia crônica devido a comorbidade subjacente não relacionada à Covid-19.
O medicamento também é contraindicado para grávidas, lactantes e mulheres que pretendem engravidar. Isso porque faltam estudos sobre o impacto da medicação nestas populações, informou a Anvisa.
“Os anticorpos são conhecidos por cruzar a barreira placentária, portanto este medicamento tem potencial para ser transferido da mãe para o feto. É desconhecido, porém, se essa transferência fornece qualquer benefício ou risco. Tendo em vista o limitado conhecimento sobre o produto, seu uso na gravidez só deve ser considerado se o possível benefício para o paciente for superior a eventuais riscos para o feto”, indicou a Anvisa.
Como também não há informações sobre o uso do medicamento em lactantes e tampouco sobre seu efeito na produção do leite materno e nos bebês que amamentam, o medicamento é contraindicado para lactantes, assim como para mulheres que querem engravidar, descreveu a Anvisa.
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