O Facebook quer obter ainda mais dados de usuários e está disposto a pagar por isso. A empresa lançou o Viewpoints, um aplicativo para pessoas responderem a pesquisas de mercado e ganharem pontos que poderão ser trocados por dinheiro.
O Viewpoints tem versões para Android e iOS e, por enquanto, só pode ser utilizado nos Estados Unidos. Em anúncio sobre o aplicativo, o Facebook indicou que ele servirá para melhorar sua rede social e outros produtos, como Instagram, WhatsApp, Portal e Oculus.
As pessoas que se cadastrarem no serviço deverão apontar dados como nome, e-mail, endereço, país, data de nascimento e gênero. A plataforma também poderá pedir informações como localização para liberar mais pesquisas.
“Não venderemos as suas informações deste aplicativo a terceiros”, promete o Facebook. “Também não compartilharemos publicamente a sua atividade do Viewpoints no Facebook ou em outras contas sem a sua permissão. E você pode encerrar sua participação a qualquer momento”.
Antes de cada pesquisa, a plataforma informa aos usuários quais dados serão coletados e como eles serão usados. A participação garantirá pontos que serão transformados em pagamentos em dinheiro por meio de uma conta no PayPal.
A primeira pesquisa do Viewpoints é relacionada ao bem-estar dos usuários nas redes sociais e pode ser completada em cerca de 15 minutos. Os participantes que responderem a todas as perguntas receberão 1.000 pontos, que equivalem a US$ 5.
“Queremos entender melhor como o uso de redes sociais como o Facebook pode impactar o bem-estar das pessoas”, indica a empresa. “As informações desta pesquisa nos ajudarão a criar melhores produtos que visam limitar os impactos negativos das redes sociais e aumentar os benefícios”.
No momento, apenas os usuários do Facebook podem criar uma conta no Viewpoints. O aplicativo exibe botões de login por e-mail, telefone ou conta do Google, mas estas opções ainda estão desabilitadas.
O serviço é permitido somente para pessoas com mais de 18 anos. No início deste ano, o Facebook se envolveu em um escandâlo envolvendo a coleta de dados. A empresa pagou valores mensais para adolescentes e adultos com o objetivo de obter dados de seus smartphones.
Pela ferramenta Facebook Research, era possível coletar informações como histórico de navegação, lista de aplicativos instalados e até mesmo o histórico de compras na Amazon. Antes, a empresa já havia sido obrigada a retirar o aplicativo Onavo Protect da App Store por violações de privacidade.
Desta vez, o Facebook parece estar um pouco mais atento a estas questões. A empresa garante que será mais transparente sobre a coleta de dados e que não venderá as informações. Resta saber se o aplicativo sobreviverá na App Store e na Play Store.
Com informações: TechCrunch e Tecnoblog
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