App permite receber em criptomoedas sem burocracia

As criptomoedas nasceram com intuito de operar como moedas correntes, descentralizadas dos poderes de nações específicas, com transações rápidas e seguras por blockchain. Entretanto, desde sua criação até o momento de popularização que passam as criptos atualmente, elas são vistas como um ativo de investimento, gerando lucro por meio dos altos e baixos nos valores de mercado.

A empresa de tecnologia Warp Exchange quer facilitar a implementação das criptomoedas como moedas de circulação, tornando mais dinâmico o mercado de criptoativos no Brasil. Por isso, estão lançando um aplicativo que permitirá que os lojistas brasileiros recebam pagamentos em moedas digitais como o Bitcoin e o Ethereum, tendo acesso ao valor, em Reais, no dia seguinte após a compra ser efetuada. Tudo isso sem a necessidade de adquirir maquininhas, pagar taxas de mensalidade ou anuidade, ou mesmo conhecer a complicada terminologia que acompanha o setor.

A ideia surgiu após países estrangeiros anunciarem seus esforços para tonar as criptomoedas um meio de pagamento válido, como foi o caso do Japão no final de 2016, quando os desenvolvimentos da Warp Exchange começaram. Atentos às experiências de pagamento mundiais, a equipe da empresa realizou trabalhos de “adequação do desenvolvimento de compliance, adequação às orientação de órgãos regulatórios nacionais, com muita atenção e foco no fit entre mercado e produto”, segundo nos conta Mateus Teixeira, CEO da Warp Exchange.

Na pesquisa feita para viabilizar o produto, a Warp Exchange percebeu que um dos fatores que poderiam atrapalhar a implementação das moedas digitais como moeda corrente era a dificuldade dos lojistas para compreender o mundo das criptomoedas. “entendemos que o brasileiro estaria mais apto a entender as criptomoedas como um cartão pré-pago para pagamentos online e offline e somamos a isso o fato de que nosso produto precisava tirar “as partes difíceis” da transação. Hoje vemos nosso produto como um cartão de débito ligado a uma conta de investimentos, em que o lojista continua recebendo em reais, na conta da empresa, e o cliente que tem a carteira de criptomoedas paga direto de sua carteira com uma foto de um QR code gerado na hora do checkout”, revela o executivo.

“É um mercado cheio de siglas e nomenclaturas e isso acaba afastando uma boa parte da população. Nossa inteligência fará toda a parte burocrática e segura da transação. O lojista receberá em real, em até um dia depois da compra efetuada. Vamos fomentar a criptomoeda como um atributo de compras e não de investimento”, explica o CEO. O lojista interessado em incluir as criptomoedas nos meios de pagamento aceitos só precisa ter um smartphone, baixar o aplicativo, realizar um cadastro por medidas de segurança e então estará apto a receber os pagamentos de seus clientes. Já para os consumidores que queiram pagar suas compras com as criptos, basta selecionar o produto e escolher a forma de pagamento que um QR Code será recebido, confirmando a compra.

Para a Warp Exchange, o produto beneficia o varejo brasileiro e a economia real do país. Dados da Receita Federal afirmam que investidores brasileiros, que em sua maioria carregam quantias de Bitcoin em suas carteiras digitais, possuem valores entre R$ 18 bilhões e R$ 45 bilhões guardados, esperando a oportunidade de serem colocados para circular no comércio. “Essa parcela da população pode ser o aporte de “dinheiro novo” na economia nacional aguardado em muito tempo. Gente que poupou e entrou na onda do Bitcoin, e agora tem a chance de liquidar esses ativos em meios tangíveis, como imóveis, ou fazer suas compras de natal em marketplaces, fretar carros e aeronaves, pagar por programas de intercâmbio e cursos de idiomas”, exemplificou Teixeira. “Ao nosso ver, é um ciclo aporte de recursos da economia “da rua” pra dentro da economia de varejo que não foi mapeado ainda, mas que estamos em plena atenção para os dados que estamos observando. Para o Varejo será equivalente a ter acesso a novos clientes, além de significar mais maturidade em um mercado ainda jovem”, completou.

Esses novos clientes, segundo Teixeira, assim como os lojistas, receberão todo o apoio da Warp Exchange para fazer parte da implementação da inovação no varejo brasileiro. “Em primeiro lugar precisamos educar o público sobre o real valor dos criptoativos, eliminar uma série de medos e receios e mostrar o sistema em funcionamento, mas principalmente, é papel do ecossistema nacional fomentar o uso ético desses criptoativos para combater a má imagem que se estabeleceu nos últimos anos, e o clima de tensão e competição que colocou corretoras de criptoativos na linha de conflito com bancos de longa tradição nacional”.

Além da ajuda na hora de entender e operar com as criptomoedas, a rapidez e segurança das transações, característica intrínseca da Blockchain, e as taxas mais suaves que as praticadas pelas empresas de maquininhas de cartão são um chamariz para os negócios. A cobrança pelo serviço da Warp é feita no momento da transação, cobrando um pequeno percentual que vai de 3% a 5%. A diferença, para o varejo, está na ausência de cobranças de taxas de adiantamento de recebíveis, uma vez que os pagamentos são liberados para os lojistas no prazo máximo de 48 horas após a venda ser efetuada. Sem taxas de manutenção, mensalidades ou anuidade, o dinheiro é depositado diretamente na conta administrada pelos varejistas.

O comércio também não precisará se preocupar com os altos e baixos das criptomoedas: “O preço do Bitcoin é atualizado em tempo real, e na hora da cobrança o lojista não precisa se preocupar já que lemos esse preço direto da cotação mundial do blockchain. No momento do pagamento, mostramos o preço do produto convertido pela cotação mais recente do Bitcoin”, afirma o executivo.

O aplicativo pode ser baixado gratuitamente na Google Play e tem navegação de simples compreensão para lojistas e consumidores.

Link do app: https://bit.ly/2SdmH3E

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