Carlos Moisés nunca foi político e se elegeu na onda 17, da “nova política”, como se existisse uma nova ou velha política e não boas e más práticas políticas. Isolou-se nesta convicção, distanciou-se dos partidos, perdeu o apoio que o eleitorado de Jair Bolsonaro lhe deu e vê seu governo se afundando por conta de desvios de corrupção, com um de seus assessores mais importantes presos, o ex-chefe da Casa Civil Douglas Borba.
Com um ano e meio de mandado, faltando dois anos e meio, tenta salvar seu mandato, alvo de três processos de impeachment na Assembleia Legislativa, colocando nomes respeitados do meio empresarial no Governo.
A mudança mais significativa foi a primeira, aproveitando o pedido de exoneração de Douglas Borba, que pressentia o que estava por vir. A entrada de Amandio João da Silva Júnior, ex-presidente da Associação Empresarial de Rio do Sul, que estava como adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, foi um importante aceno para o setor produtivo catarinense e também para o parlamento. Conhecido pela sua capacidade de diálogo, Amandio já reuniu-se com lideranças empresariais e políticas pedindo um novo voto de confiança.
Amandio também teve um papel decisivo na escolha de dois empresários para a secretaria de Desenvolvimento Econômico, que era ocupada pelo político Lucas Esmeraldino (até pouco tempo no PSL), ex-candidato ao Senado. Rogério Siqueira, nos últimos cinco anos CEO do Parque Beto Carrero World, foi escolhido para secretário, na dobradinha com Ricardo Stodieck, ex-presidente do Parque Vila Germânica, que será o adjunto.
São nomes importantes, que substituem os políticos Douglas Borba e Lucas Esmeraldino, e dão um novo perfil para o Governo. Mas o governador Carlos Moisés (PSL) terá que ouvi-los – assim como outras lideranças, afinal é o líder máximo do estado – e realmente querer implantar um novo ritmo para sua administração. Sob pena de não terminá-la.
Há informações que novas mudanças serão feitas no primeiro escalão, seguindo a mesma mentalidade.
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