Assim foi a audiência pública realizada nesta segunda-feira, 15, a tarde, para “debater” as mudanças “sugeridas” pela Comissão Técnica da Agência de Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí no contrato de licitação do serviço do transporte coletivo de Blumenau, em vigor há um ano e quatro meses com a Blumob.
Contei 41 pessoas presentes no começo da audiência, realizada no auditório da AMMVI. Pode ter uma ou outra a mais, ou a menos, nada mais que isso. Tudo na margem de erro.
No mínimo 15 pessoas eram funcionários da AGIR. Pelo menos duas pessoas cuidando dos equipamento de som.
Haviam dois vereadores – Ailton de Souza (PR) e Professor Gilson (PSD) – dois assessores e um servidor da Câmara que participa do comitê da Agência.
Da Prefeitura, contando o Seterb, estavam pelo menos quatro representantes.
O Sindetranscol estava com sete membros da diretoria. Lamentavelmente foram embora antes de colocarem o ponto de vista deles.
Quatro faziam parte da imprensa.
Estava lá também o Éder Lima, servidor do Seterb, ex-presidente do PT.
Sei que a a matemática não fecha, mas é esta conta. De usuário do transporte coletivo, ninguém. Na hora de fazer questionamentos…
Não era para menos. O jogo já estava jogado, por isso coloquei as palavras “debater” e “sugerir” no começo deste texto entre aspas. As mudanças não estão na fase das propostas, elas já aconteceram e apenas foram apresentadas, condição do processo legal da concessão.
Por conta disso, não houve interesse em dar visibilidade a realização desta audiência. Já escrevi isso outra vezes, me perdoem os envolvidos.
No relatório apresentado, foi dito que os “ajustes” resultaram um desconto de 0,09 centavos na próxima tarifa, que talvez sejam apenas 0,04 centavos, visto que a AGIR lembra sempre que o preço da tarifa pedido pela Blumob ano passado era R$ 4,10 e ficou em R$ 4,05.
É o valor que será abatido da nova tarifa, que trará os impactos do combustível, mão de obra e outros insumos no ano. Daí saí a nova a tarifa, em dezembro próximo.
A Blumob já sabe sua economia antecipada. Somente nos oito veículos a menos que terão que trazer, será R$ 2,5 milhões, pelo menos foi o que entendi da apresentação de Daniel Narzetti, o economista que coordena a comissão.
Além desta economia, a Blumob conseguiu trazer veículos de menor potência do que o previsto no edital de um ano e três meses atrás, uma média de R$ 18 mil por cada ônibus. Não sei quantos vieram nesta condição.
Além disso, teve a junção de linhas, com a extinção de algumas.
Como matemática é uma ciência exata, detalhe muito citado na audiência, os números estão aí.
E com todo respeito que tenho ao meu amigo Marcelo Althoff, presidente do Seterb, um dos grandes caras que conheci na relação jornalista-fonte, mantenho minha convicção.
A Blumob conta sim com a benevolência do Poder Público, hoje terceirizado pela AGIR.
Mas pelo menos nao deixam o povo mais na mão fazendo aquelas inescrupulosas greves mensaois.
Não adiantaria a população participar , as mudanças já foram efetuadas , e todas favorecendo a
Piracicabana , lei-a-se Blumob .
Esta empresa faz o que quer em Blumenau , já que possui a seu lado a AGIR e a Prefeitura .
Falta vereador com dignidade para impetrar uma CPI do transporte público em Blumenau ,
esta caixa preta precisa ser aberta , ou futuramente …..
O Vereador Becker poderia pedir a CPI , pois aquela impetrada pelo vereador ivan Naatz , ele
assinou com lapis e depois apagou . Não é ele que diz que luta pela comunidade , qual
comunidade ?
Talvez por estas e outras não fez 5 mil votos , recebeu o troco .
Desloquei-me por 15 anos com o transporte público para o trabalho. Nos ultimos 6 meses desloco-me com veículo automotor. Acompanhei várias e várias audíências públicas sobre o transporte público. Sugeri vários temas e melhorias, escutei também inúmeras durante estes anos todos. Dizem que foi gravado e escrito tudo, mas na hora de aplicar não acontece. Resumindo, o cidadão desiste no cansaço de ver, sugestões prontas e sugestões da população irem para a gaveta ou retidas em algum CPU. Falta transparência em detalhes.
Concluo que a mobilidade em Blumenau irá piorar bastante. Talvez quando chegar o colapso, aconteça algo de verdade e não a maquiagem existente hoje e anos passados.
Com a palavra os gestores públicos, e os dados de mobilidade pública sendo um fracasso.
Boa sorte a todos, Até.