Há sete meses, eu e minha esposa vivemos a aventura apaixonante da adoção. Somos pais de duas crianças, com seis e dois anos.
Estamos vivendo na pele a intensidade de todas as emoções envolvidas, depois de conhecer, graças principalmente ao GEAAB, como preparar-se durante o processo de habilitação e aguardar quando a cegonha chegasse.
O GEAAB é o Grupo de Estudos de Apoio à Adoção de Blumenau, formado por voluntários, que presta um importante trabalho. Que no último ano tomou corpo e consegue conquistas para essa causa.
Nesta semana, o grupo conseguiu efetivar uma ação que era uma necessidade há muito debatida e constatada, até pela Vara da Infância da Juventude. Um grupo de apoio para pós-adoção.
Teve a primeira reunião nesta terça-feira, 20, e nesta quinta-feira, 22, foi tema da Tribuna Livre da Câmara de Vereadores.
A vice-presidente do GEAAB, Iara Parisoto, falou sobre o projeto, batizado de “Nosso filho chegou, e agora?”, aprovado em 2017 pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), financiado pelo Fundo para a Infância e Adolescência (FIA).
Disse que o projeto preenche uma lacuna existente por parte do Judiciário, que oferece a visita de assistente social e psicólogo forenses, mas que não atende de forma efetiva as famílias que adotam crianças e adolescentes. Esclareceu que o público alvo do projeto são as famílias que adotam crianças acima de três anos e adolescentes, a chamada “adoção tardia”, e grupos de irmãos, além daquelas que detém a guarda provisória. “Percebemos que falta orientação e apoio a esses adotantes, no período dos seis primeiros meses de convivência com os adotados. Foi pensando nisso que surgiu o projeto”. Destacou que o número de casos de devolução de crianças e adolescentes com mais de seis meses de convivência com a nova família é significativo.
Segundo Iara, o grupo tenta ajudar as famílias para a adaptação, mas que a necessidade de acompanhamento de profissionais é crucial e que nem sempre os adotantes têm condições financeiras para arcar com os custos do acompanhamento profissional.
Ela destacou a articulação que está sendo feita junto com a Prefeitura, para tentar trazer para Blumenau o Encontro Nacional de Adoção em 2019, em especial do vice-prefeito Mário Hildebrandt (PSB).
Com conhecimento de causa, posso dizer que é um avanço e tanto a criação deste grupo pós-adoção. Assim como reforço o destaque ao trabalho do GEAAB. Se você, mesmo que remotamente, pensou em adoção, deve participar de pelo menos uma reunião, que acontece sempre nas últimas terças-feira de cada mês a noite, na ETSUS.
É só chegar.
Pais adotivos , são pais especiais , merecem nossos aplausos .