Uma situação sui generis estava acontecendo em Blumenau nesta campanha eleitoral. A cidade estava prestes a não ter debate eleitoral neste primeiro turno.
Em campanhas passadas, eram pelo menos três debates: na NDTV , na NSC e um promovido pelas entidades.
Por conta da pandemia e da dificuldade logística de realizar um debate com 12 candidatos, os grandes veículos de comunicação definiram por não fazer, mesma coisa das entidades. Lembro bem, que nas duas últimas eleições, tive o privilégio de mediar debate promovido pelas entidades, com transmissão pela TV Câmara e pela FURB TV, em eventos realizados no Teatro Carlos Gomes e na sede da OAB de Blumenau.
Agora, a TV Galega, através do jornalista Paulo César, o PC, e o Portal O Município, anunciam que vão realizar debates, no dia 10 de novembro e dia 12 de novembro, reta final do processo eleitoral.
Muita gente provocou o Informe Blumenau a fazer o debate e para os próximos apresentei a mesma justificativa. Não temos estrutura – operacional e comercial – para viabilizar o debate, que exige uma série de questões legais, burocráticas e técnicas.
Um debate sempre anima uma campanha eleitoral. Mas com 12 candidatos, atrapalha a realização de um encontro mais propositivo, resvalando para a busca de alguma pegadinha, um fato novo que possa mudar o voto do eleitor ainda indeciso na reta final da eleição.
Os que correm mais riscos, é claro, são os candidatos considerados “favoritos” – não podemos dizer isso, mas é por motivos óbvios. Mário Hildebrandt (Podemos) e João Paulo Kleinübing (DEM) serão as vidraças, os alvos preferidos, com pedradas vinda de outros dez adversários.
Por que não fazem um debate remoto? É tão simples. O objetivo é o debate e não querer aparecer.