Nesta semana completou-se dois meses sem transporte coletivo, ainda sem perspectiva de retomada.
Em Blumenau, a Blumob fez dois acordos antecipando férias para os pouco mais de mil trabalhadores e a partir deste mês pagará 30% do salário deles, tentou demitir 105 funcionários, o que foi barrado pela Justiça, mas garantiu, a partir de um PDV, a saída de 95.
E agora, cobra da Prefeitura um reequilíbrio financeiro por estes dois meses parados. Quer ser indenizada pelo Município.
O prefeito Mário Hildebrandt (Pode) comentou esta situação na transmissão oficial da Prefeitura nesta quinta-feira, 21. O prefeito disse que o processo está em avaliação, determinou a formação de uma comissão para analisar e pediu para AGIR, a Agência Reguladora, também avaliar.
Fez questão de deixar claro que entende a dificuldade da Blumob. Lembrou o recente encerramento do Consórcio Siga e a vinda da Piracicabana – que virou Blumob -, quando a população ficou sem transporte coletivo e com ele funcionando precariamente.
É importante lembrar com algumas coisas. A maior parte da tarifa é paga antecipadamente, pelas empresas e pelos usuários, e, pelo menos, metade do mês de março foi pago sem que a empresa tenha tido despesa operacional, excluindo os salários.
Despesas como combustíveis e manutenção dos ônibus também não podem ser agregadas neste pedido de readequação.
Sem falar nas inúmeras adequações de linhas, com supressão de horários e junção de itinerários, autorizadas pela AGIR e Prefeitura no ano que passou, tudo para racionalizar a operação da empresa.
E por fim, lembrar que o último reajuste da tarifa entrou em vigor em dezembro, portanto, há seis meses,
Assim como a Blumob, muitas, muitas empresas estão com problemas com a crise. E muitos trabalhadores.
É preciso entender, ajudar, mas ter firmeza. Não é hora de injetar os parcos recursos públicos municipais numa empresa privada e muito menos penalizar o usuário quando o serviço voltar.
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