Uma das perguntas mais recorrentes que tenho recebido depois desta eleição é qual o impacto na eleição de 2024 para prefeito. Respondo que o jogo está começando quase do zero em Blumenau.
Era um cenário com Carlos Moisés (Republicanos) e Bolsonaro (PL) reeleitos. Sem o PT na Presidência. Isso tem impactos importantes, a serem dimensionados ao longo do ano que vem, quando quem quer entrar de fato na disputa precisará ter seu nome pré-lançado.
O nome da vice-prefeita Maria Regina Soar (PSDB) parecia natural para suceder Mário Hildebrandt (Podemos) em 2024. Já não tenho tanta convicção. Havia o canto da sereia do Plano 1000, para turbinar obras em Blumenau nos próximos anos, alavancando a candidatura oficial. Sem o investimento prometido, há uma natural perda de musculatura na eventual candidatura da tucana.
Além do mais, tem caminhos partidários diferentes, diferença que se evidenciou nesta eleição estadual, com o PSDB apoiando Amin enquanto o Podemos e Hildebrandt eram os principais cabos eleitorais de Moisés. Mário estará onde? E qual o PSDB vai vingar daqui para frente? Com quem?
Além do mais, sabemos que o prefeito Mário é muito bem avaliado. Foi reeleito. Todos os prefeitos que tentaram a reeleição conseguiram. Mas nunca conseguiram eleger seu sucessor.
A candidatura de Maria Regina segue provável, mas já não consenso.
Outro nome bastante citado como provável e até um certo favoritismo para 2024 é o de Odair Tramontin (Novo). Por muito pouco não foi para o segundo turno da eleição municipal contra Hildebrandt em 2020.
Havia uma expectativa para sua votação para governador neste ano na cidade. Ele praticamente repetiu os números de dois anos, na casa dos 22 mil votos.
Mas adquiriu todas as credenciais, mesmo com o Novo tendo diminuído de tamanho no cenário nacional. Disse que não pretendia mais ser candidato, mas também disse que era uma manifestação depois do fim de mais uma eleição.
Ivan Naatz (PL) cresceu de tamanho nesta reeleição, fez 20.786 em Blumenau, contra 7,2 mil quando tentou ser prefeito pela terceira vez. Não me parece interessado em tentar mais uma na próxima eleição municipal. Mas precisa ver como estará a sua relação com o governador Jorginho Mello (PL) e deste com Hildebrandt, pois com a votação atingida em 2022 se credencia.
Ana Paula Lima (PT), eleita deputada federal com mais de 140 mil votos, sendo que 24 mil em Blumenau, é um nome forte. Tenho dúvidas sobre a disposição de mudar de rota na metade do caminho. O ex-prefeito Décio Lima construiu um patrimônio eleitoral importante ao levar o PT a um inédito segundo turno em Santa Catarina, fazendo mais de 33 mil votos em Blumenau, seria outro nome forte, mas não me parece disposto a isso.
O deputado federal eleito Ismael dos Santos (PSD), depois de três mandados como estadual, e Napoleão Bernardes (PSD) são nomes que podem estar no imaginário do eleitor, por conta da densidade eleitoral, mas não tem interesse.
Ainda entre os eleitos de Blumenau neste ano, Egídio Ferrari (PTB) e Marcos da Rosa (União) não serão candidatos
Não dá para esquecer de João Paulo Kleinübing (União), que surpreendentemente desistiu da candidatura para deputado estadual. É nome forte sempre, mas já perdeu a última e só seria candidato com uma conjuntura muito favorável a ele.
Da Câmara de Vereadores poderia sair algum nome? Não descartaria uma novidade, algo como Bruno Cunha (Cidadania) ou Professor Gilson (Patriota).
Da Prefeitura, não vejo outro nome sendo construído além da Maria Regina, mas não podemos descartar o secretário de Saúde Marcelo Lanzarin (Podemos) e o de Patrícia Lueders (Podemos), na Educação.
E da sociedade civil? Eu tinha ouvido falar do nome de um empresário de Blumenau Adrian Censi, agora suplente do senador eleito Jorge Seif (PL). Não sei suas intenções.
Esqueci alguém? Talvez.
Mas o fato é que está caindo de maduro uma candidatura nova em Blumenau.
Ana Paula e Décio ….é uma piada ?
Parte do Brasil é vermelho , inclusive dois orgãos federais , mas o povo de Blumenau já mostrou que aqui não vamos deixar….basta ver o que ganharam de votos para deputada e governador…….AQUI NÃO JOÃO .
Em Blumenau , os “GERALDOS” não se criam .