Na sessão desta quinta-feira, 27, véspera do Dia Internacional do Orgulho LGBT, o vereador Bruno Cunha (PSB) usou a tribuna para debater o tema, ele que é o primeiro vereador eleito em Blumenau que declarou-se homossexual.
Parece trivial, mas não é. Tanto que isso só aconteceu recentemente. A sociedade é preconceituosa e a política é um dos retratos mais claros disso.
Bruno não faz de sua sexualidade uma bandeira política, mas sabe da importância de pessoas que empunhem ela e sua responsabilidade.
Na abertura de seu pronunciamento, o vereador disse que recebeu a visita de uma amiga um cartão que diz “lute pelo amor”.
Disse que um dos paradigmas é de que todos os gays são radicais. Apontou que o caminho não é o da segregação e sim o da união. Argumentou que muitos líderes religiosos são extremistas e sustentou que é preciso respeitar as diferenças.
Defendeu que as pessoas não devem deixar de ocupar espaços na sociedade pela condição sexual, e que devem ocupar seus espaços pelo profissionalismo. Apontou que escuta críticas por não estar abraçado a uma bandeira colorida.
Afirmou que muitos o criticam por não pautar o tema em toda sessão. Sustentou que as pessoas que pensam dessa maneira estão sendo preconceituosas. Pontuou que está no Legislativo pela condição profissional e por suas ideias.
Disse que representa as pessoas pelas ideias e não pela condição sexual. Lembrou que é o primeiro vereador gay declarado no parlamento de Blumenau e defende a inclusão, amor, felicidade e cada forma de família que merece ser respeitada.
Caro vereador, gostaria que comentasse sobre os sórdidos e execráveis crimes de ideologia de gênero praticados de forma bárbara nos assassinatos do menino Rhuan pela sua mãe e companheira e as duas lésbicas de Recife-PE covardemente contra uma menina de 14 anos.