Câmara de Blumenau dirá não à solicitação das entidades empresariais

O comunicado oficial será feito na sessão desta quinta-feira, mas ouvi a entrevista do presidente Marcos da Rosa (DEM) na Rádio Nereu Ramos nesta quarta-feira.

O presidente diz que é impossível atender as propostas, alegando duas situações. Impossibilidade constitucional de diminuir o repasse e inviabilidade de substituir cargos comissionados por cargos efetivos. Marcos da Rosa promete apresentar hoje na tribuna a economia que foi feita no último ano, “a maior da história”, o que é verdade.

Marcos da Rosa diz que as pessoas da iniciativa privada não conhecem todas as lei que regem o serviço público.

A reivindicação entregue pelo G6 e divulgada primeiro pela imprensa cobra o enxugamento da estrutura administrativa, com o corte de cerca de 80 cargos, além de estagiários.

O presidente da ACIB, Avelino Lombardi, lamenta e diz que não pode ser assim e promete permanecer a cobrança.

É mais uma oportunidade que se perde, e mais uma vez, não coloco a responsabilidade apenas no Legislativo. A forma que os empresários fizeram não foi correta, querendo colocar a faca no pescoço dos vereadores, divulgando antes para população, além de propor um corte exagerado na estrutura.

Conheço a máquina do Legislativo e entendo que tem bastante gordura, mas não os que os empresários pedem. Se eles tivessem realmente interessado em resolver, deveriam ter conversado de forma mais reservada, para entender o que era possível e negociar uma proposta minima.

Na verdade isso só aconteceu porque os vereadores – em Blumenau e qualquer lugar – são os primos pobres da classe política. O inchaço existe também na Prefeitura, no Governo e em todas as esferas do Poder Público, mas não se ouve a mesma contundência.

Insisto. Os cortes são necessários, mas a condução do debate foi feito de forma equivocada.