Na próxima terça-feira acontece a última sessão do ano na Câmara Municipal, quando será votado em apenas um dia um projeto para reajuste dos agentes políticos de Blumenau, no caso o prefeito, o vice e os secretários municipais. A Lei Orgânica do Município estabelece que, ao final de cada Legislatura, cabe à Câmara definir qual será o subsídio. A medida poderia valer também para os vereadores que assumem, mas essa decisão aconteceu em dezembro do ano passado, quando foi aprovado um reajuste de 31,4%, passando dos atuais R$ 14.275 para R$ 18.277 a partir de 2025.
Hoje, o salário do prefeito Mário Hildebrandt (PL) é de R$ 31.000, da vice Maria Regina Soar (PSDB) é de R$ 15.941, e de secretários R$ 14.773, valores brutos. A proposta inicial na Câmara é que o subsídio do novo prefeito receba a reposição do INPC do período, com o salário da vice sendo 75% desta remuneração e o de secretário 60%.
Em valores de hoje, se esses índices se mantiverem, o salário da vice passaria para R$ 23.500 e o de secretários R$ 18.600, isso sem contar a reposição do INPC. Esses índices são ainda uma proposta, não foram oficialmente encaminhados. Mas serão, se não nessa linha, perto dela.
O salário de um secretário municipal é um grande gargalo para atrair pretendentes. O de Blumenau está muito defasado. É bem menor que cidades como Itajaí, Joinville, Florianópolis. São José, Jaraguá, Brusque e Criciúma, por exemplo. Foi um empecilho para o prefeito eleito trazer nomes da iniciativa privada para a administração pública.
É um debate que vale a pena e precisa ser feito pela cidade e suas lideranças. Mas não deixar para resolver tudo numa última sessão, no último dia de trabalho da atual Legislatura.
Seja o primeiro a comentar