O presidente da Câmara, Mário Hildebrandt (PSB), chamou a imprensa para fazer um balanço do ano. O fato mais relevante é a economia de R$ 5,2 milhões do duodécimo, que é o repasse obrigatório do Município para o Legislativo. Deste montante, R$ 750 mil vão para o fundo criado para construir a nova sede da Câmara, que agora contabiliza R$ 1,5 milhão.
O restante, quase R$ 4,5 milhões, voltam para a Prefeitura, com uma novidade. Desta vez não houve a indicação do destino dos valores, uma tradição na relação entre os Poderes. Por muitas vezes, a devolução dos valores foi para a para a área da Saúde. Em 2015 o dinheiro foi destinado para obras de pavimentação e para entidades assistenciais.
O que representa esta falta de “indicação” dos valores? Representa, no meu entender, que o dinheiro servirá para a Prefeitura quitar as contas deste final de mandato, em especial no que diz respeito a folha de pagamento.
A economia realmente chama a atenção. A comparação deste ano com 2015 , quando foram devolvidos R$ 3,3 milhões, aponta um aumento de 54%. Em 2014 a devolução foi de cerca de R$ 2 milhões e 2013, primeiro ano da Legislatura que se encerra, foram R$ 711 mil.
O presidente aponta como fatores para a economia, a redução de despesas com publicidade, devido a legislação eleitoral, e com locação de veículos, telefonia móvel e diárias, além da redução de 10 cargos comissionados, por conta do Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público.
Na mesa junto com Mário estavam o vice e provável futuro presidente, Marcos da Rosa (DEM), e o vereador licenciado Marco Antônio Wanrowsky (PSDB), atualmente chefe de Gabinete da Prefeitura, além dos diretores do Legislativo.
O repasse é muito alto , poderiam devolver bem mais se realmente efetuassem economia .