No dia 13 de janeiro, segunda-feira da semana que que vem, quando acaba o recesso na Câmara de Blumenau, os servidores comissionados serão exonerados e começará o preenchimento dos cargos da nova Legislatura, que terá uma mudança no perfil. Nos últimos dois anos, o comando e a primazia pelas indicações ficaram a cargo de Almir Vieira (PP), sendo que o mesmo grupo político da Mesa se manteve, inclusive com o PT, mas excluindo o NOVO, Carlos Wagner, o Alemão (PSD) e Professor Gilson (União).
São 30 cargos comissionados cuja indicação é de responsabilidade da Mesa, e o grupo de nove vereadores que apoiou a chapa vencedora terá voz nas indicações. Até o NOVO, com dois vereadores, sinaliza que vai querer seu quinhão.
Pelo menos cinco cargos são muito cobiçados, pela responsabilidade e salário: diretor-geral, administrativo-financeiro, legislativo, comunicação e procurador. Nomes que até pouco estavam na Prefeitura, como o ex-secretário da Família, Júlio Pereira, devem emplacar, ele que entraria pela cota do Podemos. Ray Reis, ex-procurador, deve ser o diretor Legislativo e João Felipe Dias, filho do ex-vereador Célio Dias, deve emplacar a Procuradoria.
A dissolução do grupo que deu as cartas nos últimos quatro anos tem nome e sobrenome. Egidio Beckhauser (Republicanos), presidente nos primeiros dois anos, mas que depois teve o mandato cassado por conta de candidaturas laranjas do seu partido. Ele e Almir romperam e Egidio se aproximou de Ito para quebrar a construção feita ainda na campanha eleitoral pelo governo que sai e pela equipe de Egidio Ferrari, que buscava a eleição.
A “quebra” do acordo rendeu críticas de Almir Viera e Adriano Pereira (PT) no dia da posse e da eleição da nova Mesa Diretora, inclusive chamando alguns colegas de não cumprir a palavra firmada.
O fato é que mais uma vez, a segunda, Egidio Beckhauser deu um nó nas negociações encaminhadas no terceiro andar da Prefeitura e impôs um grupo alternativo, obrigando o governo a conviver com dois vereadores de oposição na Mesa Diretora.
A diferença entre a cobra e o político, é que a cobra não esconde o veneno.